O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou neste domingo (14) o ataque de Israel contra uma área de designação humanitária na Faixa de Gaza que matou 90 palestinos, entre crianças, mulheres e idosos, nesse sábado (13). Segundo as autoridades israelenses, a ação tinha como alvo o chefe militar do grupo terrorista Hamas Mohammed Deif. No entanto, ainda não há confirmação de que Deif foi morto. Em resposta, o grupo terrorista libanês Hezbollah lançou ataque com foguetes contra Israel.
“O governo de Israel segue sabotando o processo de paz e o cessar-fogo no Oriente Médio”, escreveu Lula pelas redes sociais, ao classificar o bombardeio israelense de “inaceitável”. “Nós, líderes políticos do mundo democrático, não podemos nos calar diante desse massacre interminável. O cessar-fogo e a paz na região precisam ser prioridades na agenda internacional. Todos os nossos esforços devem estar centrados na garantia da libertação dos reféns israelenses e no fim dos ataques à Faixa de Gaza”, completou.
Na última quinta-feira (11), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que está comprometido com o cessar-fogo na Faixa de Gaza. Porém, o governante acrescentou que os terroristas do Hamas impõem exigências que colocam em risco a segurança israelense.
Para Netanyahu, Israel precisa controlar a fronteira de Gaza com o Egito para suspender a guerra. O objetivo é impedir que armas cheguem ao Hamas. Próximo à Faixa de Gaza, o exército israelense já liberou cerca de 14 mil caixas com ajuda humanitária. Os produtos entraram pela passagem de Kerem Shalom, perto da fronteira com o Egito, mas ainda precisam ser retirados para dar início à fase de distribuição.
Posicionamento de Lula sobre a guerra
No mês passado, Lula voltou a criticar as ações de Israel na Faixa de Gaza, ao afirmar que Netanyahu não tem interesse em resolver o conflito no território e que “quer aniquilar os palestinos”. Netanyahu condenou as falas do petista sobre a guerra no Oriente Médio, as quais chamou de “vergonhosas e graves”.
Na ocasião, Lula reafirmou que as ações de Israel contra o grupo terrorista Hamas são semelhantes às de Adolfo Hitler contra os judeus. “Eu mantenho 150% do que eu falei. Mantenho 150%. E isso aconteceu porque o primeiro-ministro de Israel não quer resolver o problema, ele quer aniquilar os palestinos. Isso é evidente em cada gesto dele, em cada ação dele”, declarou.
Dias antes, o Conselho de Segurança da ONU tinha aprovado o cessar-fogo na Faixa de Gaza, com 14 votos a favor, nenhum contra e uma abstenção — da Rússia. A proposta pediu a libertação de reféns, a retirada das forças israelenses das áreas povoadas, o aumento da assistência humanitária, a restauração dos serviços básicos e o regresso dos civis palestinos para o norte de Gaza. A aprovação da medida não significa o fim imediato dos ataques.
R7
Portal Santo André em Foco
Make sure you enter all the required information, indicated by an asterisk (*). HTML code is not allowed.