O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa de compromissos públicos nesta semana em dois países europeus. Nesta quinta-feira (13), a agenda é no Fórum Inaugural da Coalização para Justiça Social, em Genebra, na Suíça, e, na sexta-feira (14), faz discurso em uma sessão da Cúpula do G7, o grupo que reúne as sete maiores economias do mundo.
A participação de Lula no fórum voltado à justiça social trata do enfrentamento das desigualdades, da concretização de direitos trabalhistas e humanos, da expansão da capacidade e acesso aos meios produtivos e da promoção do trabalho decente. O fórum é uma iniciativa do diretor-geral da OIT (Organização Internacional do Trabalho), Gilbert Houngbo, ao lado de quem Lula vai exercer a co-presidência da coalização.
“Os países vão apresentar iniciativas, projetos e ações em torno desses temas. Depois da abertura vão ser realizados três painéis: construir a resiliência das sociedades, melhoria da coerência de políticas econômicas e sociais e promoção do diálogo social para a prosperidade”, disse o embaixador Carlos Márcio, secretário de Assuntos Multilaterais Políticos do Itamaraty.
Lula terá reuniões bilaterais às margens da Cúpula do G7. Até o momento, foram confirmados encontros com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e com a presidenta da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, além do papa Francisco. O presidente brasileiro vai ser recepcionado às 13h e vai fazer um discurso na sessão substantiva do bloco. Os temas são: inteligência artificial, energia, África e Mediterrâneo.
“Eu diria que um eixo norteador provável da fala do presidente é como esses temas se relacionam com a presidência brasileira do G20, como o lançamento da Aliança Global Contra a Fome, por exemplo. O presidente fará uma apresentação dos objetivos brasileiros ligados à economia digital, transição energética e promoção da paz”, disse o embaixador Maurício Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty.
A agenda do G7 partiu de um convite da primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni. É a oitava vez que o presidente brasileiro é convidado a participar do segmento externo. O G7 foi criado em 1975 com o objetivo de reunir os países mais ricos do mundo. Atualmente, as nações que compõem o grupo são Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.
G7 de 2023
Lula participou da cúpula do grupo em 2023, em Hiroshima, no Japão. A expectativa era de encontro com o presidente da Ucrânia,Volodymyr Zelensky. No entanto, a reunião não ocorreu por incompatibilidade de agendas. Na ocasião, o brasileiro condenou a “violação da integridade territorial da Ucrânia”. O petista também criticou o uso de armas nucleares e pediu articulação para o fim da guerra. “Nenhuma solução será duradoura se não for baseada no diálogo. Precisamos trabalhar para criar o espaço para negociações”, afirmou.
R7
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