O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarca na tarde desta quarta-feira (12) para uma viagem à Suíça e Itália, onde participará de encontros da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do G7.
Lula, que fará a sexta viagem à Europa neste terceiro mandato, discursará na quinta (13) em Genebra, na Suíça, no Fórum Inaugural da Coalizão para Justiça Social da OIT.
No mesmo dia, segundo o Planalto, o presidente seguirá para região da Puglia, na Itália, sede do encontro de líderes do G7, grupo que reúne Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e União Europeia. O Brasil participará como convidado.
União Europeia
A viagem de Lula ocorre em um momento de avanço da extrema direita, que ampliou sua presença no parlamento da União Europeia. O resultado fez o presidente da França, Emmanuel Macron, dissolver o parlamento francês e convocar novas eleições locais.
Conforme o Ministério das Relações Exteriores (MRE), Lula se reunirá Macron à margem do encontro do G7, na Itália. O petista também terá agenda com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Lula destaca desde a campanha eleitoral de 2022, quando derrotou o então presidente Jair Bolsonaro (PL), a necessidade de combater o avanço da extrema-direita e de preservar as instituições democráticas dos países.
Lula é defensor do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, que está travado em razão da revisão de trechos do compromisso.
Papa Francisco
O governo confirmou que Lula terá uma audiência com o papa Francisco, que irá à Puglia. O petista pretende convidar o pontífice para 30ª edição da conferência do clima das Nações Unidas, a COP 30, que será realizada em 2025 em Belém.
Lula esteve com Francisco há um ano, no Vaticano. O presidente e o papa com frequência destacam a necessidade de encerrar as guerras em curso na Ucrânia na Faixa de Gaza.
O MRE informou que Lula também se reunirá com o presidente da África do Sul, Cyrill Ramaphosa, e com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, que assumiu terceiro mandato como chefe de governo.
O governo brasileiro ainda negocia com outros países a possibilidade de reuniões entre Lula e chefes de Estado ou governo presentes na reunião do G7.
OIT
Lula participa na quinta-feira (14) do Fórum Inaugural da Coalizão Global pela Justiça Social, organizado pela OIT, agência da ONU que busca promover o trabalho digno no mundo.
Segundo o Ministério de Relações Exteriores, Lula foi convidado para ser "co-presidente" da coalizão. Entre os assuntos que devem ser discutidos pelos líderes e demais convidados estão:
▶️ Enfrentamento das desigualdades
▶️ Concretização de direitos do trabalho e direitos humanos
▶️ Capacidade de expandir o acesso à empregos
Além de Lula, instituições brasileiras também confirmaram presença na conferência, como a Confederação Nacional da Industria (CNI), o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Reunião do G7
Lula tem previsão de discursar na sexta-feira (14) durante a reunião do G7, um dos principais fóruns de discussão entre países, que no momento é presidido pela Itália.
Segundo o MRE, Lula deve falar sobre a presidência do Brasil no G20 e outros assuntos, como economia digital e inteligência artificial. O Brasil realizará em novembro a cúpula de líderes do G20, no Rio de Janeiro.
Anfitriã do encontro do G7, a primeira-ministra italiana, Georgia Meloni, convidou Lula para edição deste ano. Foi o oitavo convite ao presidente brasileiro desde 2003.
Lula esteve na cúpula de 2023, realizada em Hiroshima, no Japão, quando cobrou ações e recursos de países mais poluidores. O presidente afirmou, na ocasião, que o Brasil pretende liderar um processo de reversão das mudanças climáticas.
Uma Conferência de Alto Nível sobre a Paz na Ucrânia, seu nome oficial, acontecerá após a reunião do G7 das principais potências ocidentais, de quinta a sábado, no sul da Itália, com a participação do presidente ucraniano, Volodimir Zelensky.
g1
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