O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (25) que avalia criar uma unidade da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) no continente africano. O petista também falou em aumentar os investimentos na companhia. Atualmente, a estatal tem dois escritórios fora do país: nos Estados Unidos e na França.
“Eu tentei isso, depois deixei a Presidência da República fecharam o escritório em Gana. E eu acho que estou pensando nisso outra vez”, disse Lula. “Eu acho que, nas próximas reuniões, a gente tem que incluir a Embrapa nas minhas viagens internacionais para que a gente possa divulgar o centro de excelência que temos nesse país”, completou.
Lula falou sobre as dificuldades da empresa em relação aos investimentos. “Muitas vezes não consegue fazer uma pesquisa porque falta R$ 30 milhões, R$ 15 milhões. É uma coisa tão absurda que um centro de conhecimento deixa de fazer uma pesquisa porque falta R$ 1 milhão, R$ 2 milhões. Eu diria que é irresponsabilidade de todo mundo.”
Ele destacou que não é uma bondade, mas reconhecimento do significado da Embrapa para o Brasil. Lula mencionou futuras reuniões com o órgão para discutir as necessidades da empresa “para que a gente possa atender” e a estatal “fazer jus à fama que tem”.
“O Haddad veio aqui, falou bonito, mas não falou de dinheiro. Aí eu falei e ele disse ter falado com o ministro da Agricultura, o Fávaro. O Fávaro veio aqui, falou, falou, puxou o saco dos funcionários e também não falou de dinheiro. A única que falou de dinheiro foi a única que não assinou nenhum protocolo, que foi a companheira Luciana”, brincou Lula.
As declarações foram dadas durante discurso na cerimônia de comemoração de aniversário de 51 anos da Embrapa. Lula estava acompanhado dos ministros Carlos Fávaro (Agricultura), Luciana Santos (Ciência), Esther Dweck (Gestão), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Fernando Haddad (Fazenda).
Na ocasião, foram assinados sete acordos estratégicos na empresa, sendo dois de abrangência internacional: um com o Banco Mundial e outro com a Agência de Cooperação Internacional do Japão. Os outros cinco envolvem parcerias com os Ministérios da Fazenda, Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Ciência, com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e com o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste.
R7
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