A terceira edição do levantamento "Estatísticas de Gênero: Indicadores sociais das mulheres no Brasil", divulgado nesta nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que o Brasil ocupa o 133º lugar no ranking global que mede a proporção de parlamentares mulheres em exercício em câmaras federais. A lista leva em conta 180 países e mostra que 17% do parlamento brasileiro é ocupado por mulheres.
A pesquisa também traz a relação de mulheres em cargos ministeriais no país. Em 24 de novembro de 2023, dos 38 cargos ministeriais, apenas nove eram ocupados por mulheres. Segundo o IBGE, apesar de a proporção de mulheres à frente de ministérios ter passado de 8,7%, em 2020, para 23,7%, em 2023, "as mulheres seguem sub-representadas nesse importante espaço de liderança no planejamento e execução de políticas públicas em nível nacional".
Em 2023, segundo o indicador, nas câmaras municipais 16,1% das cadeiras de vereadores eram ocupadas por mulheres em 2023. Regionalmente, a presença menos expressiva foi na região Sudeste, com 14,2% de vereadoras. A região em que as mulheres estiveram mais representadas foi o Nordeste, com 16,9%.
Com relação às prefeituras, apenas 12,1% delas em 2020, data da última eleição, eram comandadas por mulheres.
Legislação
Desde 1995, o Brasil possui legislação que prevê cotas eleitorais, reservando um percentual de candidaturas em eleições proporcionais para as mulheres. Contudo, apenas com uma lei publicada em 2009 essas cotas tornaram-se obrigatórias, de modo que, em eleições proporcionais, haja no mínimo 30% e no máximo 70% de candidaturas de cada sexo, por partido ou coligação partidária.
Cargos de gestão
O levantamento do IBGE trouxe, ainda, dados sobre a presença de mulheres em posições de gestão. Em 2022, de acordo com a pesquisa, 39,3% dos cargos gerenciais de atividades econômicas eram ocupados por mulheres. Os setores de saúde humana, educação e atividades profissionais e científicas foram as áreas com as maiores presenças femininas em vagas de chefia.
Veja detalhes de cada setor
• Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aqüicultura - 15,8%;
• Indústrias extrativas; Indústrias de transformação; Eletricidade e gás: 31%;
• Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação: 19,5%;
• Construção: 26,4%;
• Comércio; Reparação de veículos automotores e motocicletas: 34,9%;
• Transporte, armazenagem e correio: 21%;
• Informação e comunicação: 29,7%;
• Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados: 48,3%;
• Atividades imobiliárias: 45,3%;
• Atividades profissionais, científicas e técnicas: 53,9%;
• Atividades administrativas e serviços complementares: 35,5%;
• Administração pública, defesa e seguridade social: 35,2%;
• Educação: 69,4%;
• Saúde humana e serviços sociais: 70%;
• Alojamento e alimentação; Artes, cultura, esporte e recreação; Outras atividades de serviços: 37,4%
Mulheres na justiça
Dados do relatório "Participação Feminina na Magistratura", publicados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023, mostra que a presença feminina saiu de 24,6%, em 1988, para 40%, em 2022.
O indicador computa informações sobre a presença de juízas ou magistradas autorizadas a ouvir casos especificamente criminais e a tomar decisões em um tribunal. O mesmo relatório mostrou que a participação de juízas na Justiça Estadual foi de 38% e Superior Tribunal de Justiça (STJ), de 23%.
Veja detalhes abaixo
• Justiça Estadual - 38%;
• Justiça Federal - 31%;
• STJ - 23%;
• Maior paridade foi encontrada na Justiça do Trabalho, com 49%.
Mulheres na educação
O levantamento "Estatísticas de Gênero: Indicadores sociais das mulheres no Brasil", divulgado nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que a maioria das pessoas no país com ensino superior completo são mulheres. Segundo a amostra, elas correspondem a 21,3% dos brasileiros com diploma na universidade, enquanto os homens são 16,8%.
Afazeres domésticos
A terceira edição revelou que as mulheres destinam quase o dobro de tempo em relação aos homens com afazeres domésticos e cuidados com pessoas. Segundo o estudo, a média semanal feminina é de 21,3 horas, enquanto a masculina fica em 11,7 horas.
Menos filhos
O Brasil registrou uma queda de 13% na média de filhos por mulher entre 2018 e 2022, informa levantamento divulgado nesta sexta-feira (8) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Ao todo, foram 2,56 milhões de nascidos vivos no ano retrasado, uma diminuição de 383 mil em comparação com 2018.
R7
Portal Santo André em Foco
Make sure you enter all the required information, indicated by an asterisk (*). HTML code is not allowed.