O vice-presidente, Geraldo Alckmin, usou as redes sociais nesta sexta-feira (1º) para criticar Israel no episódio em que mais 100 pessoas foram mortas durante entrega de ajuda humanitária, nesta quinta-feira (29), na Faixa de Gaza.
Na ocasião, o governo do Hamas acusou soldados israelenses, que intermediavam a distribuição, de abrir fogo contra palestinos. Cerca de 750 pessoas também ficaram feridas.
No X, antigo Twitter, Alckmin afirmou que ficou chocado com o ataque de Israel.
"Fiquei absolutamente chocado com a notícia do ataque contra civis palestinos na Faixa de Gaza, perpetrado por forças militares israelenses, que vitimou dezenas de pessoas e feriu outras centenas. Obstar o acesso de indivíduos à ajuda humanitária é inconcebível sob qualquer perspectiva, e abrir fogo contra civis viola os preceitos mais básicos de humanidade", escreveu.
Em outro trecho da publicação, o vice-presidente falou sobre a importância de se defender a paz e endossou as críticas de Lula à guerra entre Israel e Hamas.
"Lutar pela paz, como defende o presidente Lula, não é mais uma opção, mas um imperativo ético que deve orientar todos os esforços da comunidade internacional neste momento. É preciso dar o primeiro passo no caminho da paz: cessar-fogo imediato, libertação dos reféns e entrada de assistência humanitária", completou.
Lula na Celac
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também comentou o assunto nesta sexta durante a 8ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) — realizada em São Vicente e Granadinas — e propôs uma moção pelo "fim do genocídio" na Faixa de Gaza.
Lula afirmou que Israel impõe ao povo palestino uma "punição coletiva" e que os países da Celac precisam dizer um "basta" ao que chamou de "carnificina".
"As pessoas estão morrendo na fila para obter comida. A indiferença da comunidade internacional é chocante. Eu quero aproveitar a presença do nosso querido companheiro secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, para propor uma moção da Celac pelo fim imediato desse genocídio", afirmou Lula.
"Nossa dignidade e humanidade estão em jogo. Por isso, é preciso parar a carnificina em nome da sobrevivência da humanidade, que precisa de muito humanismo", prosseguiu o presidente.
Nota contra Netanyahu
Mais cedo, também nesta sexta, o Itamaraty divulgou nota com duras críticas à crise humanitária na Faixa de Gaza e ao ataque. Segundo o comunicado, "trata-se de uma situação intolerável".
"O governo Netanyahu volta a mostrar, por ações e declarações, que a ação militar em Gaza não tem qualquer limite ético ou legal. E cabe à comunidade internacional dar um basta para, somente assim, evitar novas atrocidades. A cada dia de hesitação, mais inocentes morrerão", disse o governo brasileiro.
Nas horas seguintes à morte dos palestinos em Gaza, relatos anônimos feitos a diversos veículos imprensa indicaram que as tropas israelenses abriram fogo contra as vítimas no momento em que elas tentavam acessar caminhões com ajuda humanitária.
As Forças de Defesa de Israel chegaram a negar, em um primeiro momento, que tivessem disparado – e creditaram as mortes a pisoteamentos e brigas.
Depois, o porta-voz Daniel Hagari afirmou que tanques que faziam escolta deram "disparos de aviso", mas seguiu negando que os soldados tivessem disparado contra a multidão.
g1
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