O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (8) que há uma suspeita de o óleo encontrado em praias da região Nordeste ter sido despejado "criminosamente" no litoral.
Bolsonaro deu a declaração na saída do Palácio da Alvorada, após se reunir com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. As poças de óleo vêm aparecendo em praias nordestinas desde o início de setembro e atingiram 132 localidades em 61 municípios de 9 estados.
De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), a mesma substância está poluindo a costa brasileira. Trata-se de petróleo cru, e não de um produto derivado do óleo.
Após se reunir com Salles, Bolsonaro foi questionado se há uma estimativa do volume de óleo encontrado na região. Segundo o presidente, o volume não é constante.
“É um volume que não está sendo constante. Se fosse de um navio que estivesse afundando, por exemplo, estaria saindo ainda óleo. Parece que, não é mais fácil, parece que criminosamente algo foi despejado lá”, disse o presidente.
No sábado (5), Bolsonaro determinou a investigação das causas e dos responsáveis pelas manchas de óleo. As investigações são conduzidas pela Polícia Federal, Ministério da Defesa, Ibama e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Na segunda (7), o presidente discutiu a situação em uma reunião no Ministério da Defesa.
Após o encontro, ele disse a jornalistas que as manchas são “analisadas” desde 2 de setembro e frisou que o óleo não é produzido e nem comercializado no Brasil.
Segundo o presidente, o aparecimento das manchas pode ter origem criminosa ou acidental. De acordo com ele, existe um país “no radar”, mas Bolsonaro não quis dizer qual.
Nesta terça, Bolsonaro foi perguntado pela imprensa sobre qual seria o país de origem do óleo.
“É reservado. É reservado, eu não posso acusar um país. Vai que não é aquele país, eu não quero criar problemas com outros países. É reservado”, respondeu.
G1
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