O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (8) que "se der para fazer superávit zero, ótimo", mas que "se não der, ótimo também". O superávit primário é a economia feita pelo governo federal para pagar juros da dívida pública. Na prática, é a arrecadação superando as despesas.
"Essa é uma discussão que de vez em quando aparece, mas eu não gosto que apareça. Você gasta quanto arrecada. Se aumentar arrecadação, tem mais dinheiro para gastar. Se diminuir a arrecadação, vai diminuir o que tem que investir. Essa é a lógica. Nós temos um orçamento que foi previsto, que foi dito que nós vamos fazer tanto de investimento. Se der para fazer superávit zero, ótimo. Se não der, ótimo também", afirmou Lula em entrevista a uma rádio.
O resultado do superávit é um dos principais indicadores observados pelo mercado internacional, pois mostra a capacidade de um país de pagar seus credores em dia. Manter as contas do governo positivas é importante para que não haja aumento da dívida do setor público. Ao mesmo tempo, um resultado favorável contribui para a chegada de investimentos estrangeiros no país, já que as contas estão em dia.
A meta de déficit zero foi estabelecida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como uma prerrogativa para que o arcabouço fiscal funcionasse e é vista com cautela por membros do mercado financeiro. Lula tem minimizado a importância do dado e, recentemente, disse que ela "dificilmente" seria alcançada.
No texto promulgado, as metas de dívida primária estabelecidas foram:
• 2023: déficit de 0,5%
• 2024: 0%;
• 2025: superávit de 0,5%;
• 2026: superávit de 1%.
R7
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