O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone com o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, na manhã desta quarta-feira (10). O fortalecimento da parceria estratégica e do comércio entre Brasil e Japão, a presidência brasileira do G20 e a cooperação entre os dois países nos foros multilaterais foram os temas. Os líderes também trataram da possibilidade de um acordo comercial entre Mercosul e o país asiático.

Um comunicado divulgado pelo Palácio do Planalto informou que o presidente brasileiro e Kishida manifestaram a intenção de que se realize uma visita do líder japonês ao Brasil. "Lula expressou solidariedade ao povo japonês e em particular às vítimas dos terremotos do dia 1º de janeiro. Relembrou que no próximo ano Brasil e Japão completam 130 anos de relações diplomáticas e concordou que ambos os países continuem a trabalhar pelo fortalecimento da parceira estratégica e pelo aumento do comércio bilateral", disse a Presidência da República.

Subiu para 168 o número de mortos após o terremoto no Japão. O tremor aconteceu há uma semana, e cerca de 300 pessoas ainda estão desaparecidas. Muitos destes desaparecidos podem estar em dezenas de construções que desabaram com os tremores. O governo japonês vai liberar cerca de R$ 150 milhões para reconstrução das regiões mais afetadas. Há pouco, foi também registrado um terremoto de magnitude 6,7 na costa das Filipinas.

Os dois líderes falaram também sobre a defesa da paz e da superação dos conflitos registrados em diversas regiões do planeta. Eles concordaram em relação à importância do fortalecimento das instâncias multilaterais, como organismos, para que guerras, como a da Ucrânia e em Gaza, não venham a se repetir, segundo o comunicado.

O Planalto declarou que Lula agradeceu o convite de Kishida, no ano passado, para participar da Cúpula do G7, em Hiroshima, e manifestou que o Japão esteja envolvido em todas as discussões do G20 neste ano, sob a presidência brasileira. "Realçou a necessidade de trazer o debate sobre as mudanças climáticas e energias renováveis para o centro das discussões do G20", afirma.

R7
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