O presidente Luiz Inácio Lula da Silva retornou a BrasÃlia nesta quinta-feira (4) após nove dias de recesso na Restinga da Marambaia, área privativa de praia controlada pelas Forças Armadas no litoral sul do Rio de Janeiro. O petista, que havia adiado o retorno à capital federal, está no Palácio da Alvorada sem agendas públicas marcadas. O próximo compromisso deve ser a cerimônia alusiva ao 8 de Janeiro.
O presidente estava acompanhado da primeira-dama, Janja da Silva, de familiares e de ministros, como Márcio Macêdo (Secretaria-Geral). Na capital federal, Lula terá uma série de questões para resolver, como a escolha de um novo ministro da Justiça, com a saÃda de Flávio Dino para ocupar em 22 de fevereiro uma das 11 cadeiras do Supremo Tribunal Federal (STF).
Dino vai comandar o Ministério da Justiça pelo menos até 8 de janeiro, quando os Três Poderes vão realizar um ato alusivo à invasão feita nas sedes do Legislativo, Executivo e Judiciário em 2023.
Para a futura vaga, Lula analisa diferentes nomes e, neste momento, o favorito é o ministro aposentado do STF Ricardo Lewandowski. Porém, existem grupos divergentes que tentam convencer o petista a indicar nomes como o da ministra do Planejamento, Simone Tebet, a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, ou o presidente do Grupo Prerrogativas, Marco Aurélio Carvalho.
O ato em defesa da democracia marcado para 8 de janeiro, dia em que a depredação à s sedes dos Três Poderes completará um ano, vai reunir autoridades no Salão Negro do Senado. Em reunião ministerial, Lula afirmou que estarão presentes os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Supremo, LuÃs Roberto Barroso. O petista vai lidar com possÃvel esvaziamento do evento por parte de governadores ligados à oposição. Alguns deles já adiantaram que não vão conseguir participar do ato.
O presidente terá de lidar também com o desgaste com o Congresso Nacional causado pela medida provisória que retoma gradualmente a tributação da folha de pagamento de empresas dos 17 setores da economia. O projeto foi mal recebido pelo Parlamento, e congressistas prometeram resistir às mudanças feitas pela equipe econômica do governo e garantem que o Palácio do Planalto sofrerá resistência. A reoneração da folha é mais uma das medidas formuladas para aumentar a arrecadação em busca do déficit zero neste ano.
O presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco, disse que vai analisar o teor dessa alternativa com os lÃderes, o que deve ocorrer nos próximos dias. "Para além da estranheza sobre a desconstituição da decisão recente do Congresso Nacional sobre o tema, há a necessidade da análise técnica sobre os aspectos de constitucionalidade da MP", disse o senador.
A reação negativa se deve, entre outros motivos, ao fato de os parlamentares terem editado um projeto de lei que manteve o benefÃcio aos setores que mais empregam até 2027 e ainda terem derrubado o veto de Lula à medida. Com esse clima de tensão instalado, o presidente deverá se juntar ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nas tentativas de negociar com o Congresso. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, também vai entrar nas negociações.
R7
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