Novembro 24, 2024

Na PGR, Bolsonaro diz que 'é importante investigar', mas pede ao MP que também aponte erros Featured

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (2), durante cerimônia na Procuradoria-Geral da República (PGR), que é importante que o Ministério Público investigue crimes, porém pediu aos integrantes do Ministério Público que procurem o governo caso identifiquem ações "em um caminho não muito certo", já que corrigir é "muito melhor" do que eventuais punições no futuro.

Bolsonaro deu a declaração ao participar da cerimônia de posse pública de Augusto Aras como procurador-geral da República. Aras foi empossado na semana passada, no Palácio do Planalto, mas a PGR organizou nesta quarta-feira uma solenidade na sede do órgão, em Brasília.

Sem dar detalhes e sem citar casos específicos, o presidente fez um apelo aos integrantes do Ministério Público para que apontem eventuais erros do governo.

“É um apelo que faço a todos do MP. É importante investigar, é importante fazer cumprir a lei, mas por muitas vezes, se nós estivermos em um caminho não muito certo – e muitas vezes estamos fazendo aquilo bem-intencionados – nos procurem para que possamos corrigir. Corrigindo é muito melhor do que uma possível sanção lá na frente", disse Bolsonaro no discurso.

"Somos humanos e erramos”, completou o presidente.

Propostas 'salgadas'
Bolsonaro também elogiou os parlamentares presentes na cerimônia, entre os quais os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), considerados por ele figuras “chaves” para que as propostas do governo sejam aperfeiçoadas no Congresso, mesmo que em alguns casos estas sejam "salgadas".

"Algumas [propostas são] um pouco salgadas, mas somos obrigados a agir desta maneira para que lá na frente todos possam sobreviver e ter dias melhores", afirmou Bolsonaro.

Mais cedo, ao conversar com apoiadores no Palácio da Alvorada, Bolsonaro afirmou que lamentava a necessidade de aprovar mudanças nas aposentadorias, mas que sem a reforma da Previdência o Brasil corre o risco de quebrar em dois anos.

O comentário foi feito após o plenário do Senado aprovar, em primeiro turno, o texto-base da proposta da emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência.

Os senadores ainda precisam votar os destaques, que podem alterar o texto da proposta, para concluir a votação em primeiro turno. O Senado convocou uma sessão extraordinária para as 11h desta quarta-feira. Após a análise em primeiro turno, ainda será necessário aprovar a reforma em segundo turno.

G1
Portal Santo André em Foco

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