O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (5) que deseja visitar no próximo ano a Etiópia e a Guiana para reuniões da União Africana e da Comunidade do Caribe (Caricom), respectivamente.
A Guiana é um dos países envolvidos no episódio mais recente de tensão na América do Sul diante do desejo da Venezuela de anexar uma região rica em reservas de petróleo, conhecida como Essequibo.
Lula não citou a divergência entre Venezuela e Guiana ao afirmar, em entrevista à emissora oficial do governo, sobre os planos de viagens para 2024.
"O ano que vem eu tenho duas viagens que eu quero fazer: uma é para uma reunião da União Africana, dos 54 países da África que vai ser em Addis Ababa na Etiópia; e a outra é na Guiana, uma reunião dos países do Caricom (Comunidade do Caribe). Essas eu quero participar porque são coisas que tenho interesse de falar para eles sobre democracia, sobre o sistema ONU, sobre financiamento", declarou.
A tensão na fronteira norte do Brasil é um desafio à política externa de Lula, que é aliado do presidente Nicolás Maduro na Venezuela. Lula já declarou que espera que o "bom senso prevaleça" na disputa territorial.
No último domingo (3), o governo Maduro realizou um referendo no qual 95% dos eleitores presentes votaram para que a Venezuela incorpore o território de Essequibo, uma região da Guiana, na fronteira entre os dois países, que é disputada há mais de 100 anos.
Após o resultado, Maduro disse que seu país busca "construir consensos" e que vai "conseguir recuperar Essequibo".
No mesmo dia, Bharrat Jagdeo, o vice-presidente da Guiana, afirmou que se prepara para o pior e que o governo está trabalhando com parceiros para reforçar a “a cooperação de defesa”.
g1
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