Em transmissão ao vivo por uma rede social na noite desta quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro declarou que o preço da gasolina vai cair e comentou que a política de preços de combustíveis da Petrobras "pode ter algum equívoco". Ele também disse considerar a possibilidade de fazer mudanças no cálculo do preço do combustível, desde que não haja prejuízo para a estatal.
- O pessoal reclama do preço da gasolina, R$ 5. E me culpam, atiram para cima de mim o tempo todo. Olha, o preço do combustível é feito lá pela Petrobras, que tem a sua política de preços. Leva-se em conta o preço do barril de petróleo lá fora, bem como a variação do dólar - disse Bolsonaro, que fez a transmissão a partir de Dallas, nos Estados Unidos, onde recebeu uma homenagem. - É lógico que se a gente puder rever isso aí sem prejuízo para a empresa, sem problema nenhum. Às vezes a política pode ter algum equivoco, mas o preço vai cair, sim , quando...
Sem terminar a frase, Bolsonaro passou a palavra para o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que estava sentado ao seu lado e completou:
- Quando nós tivermos maior produção, quando não formos dependentes do petróleo, que nós hoje em dia ainda continuamos exportando e importando uma grande quantidade de diesel, gasolina e até etanol - completou Albuquerque.
No mês passado, Bolsonaro provocou forte queda das ações da Petrobras ao telefonar para o presidente da estatal, Roberto Castelo Branco, para pedir explicações sobre os motivos de um reajuste no preço do diesel nas refinarias, preocupado com a possibilidade de greve dos caminhoneiros. A interferência levou a estatal a cancelar o aumento previsto, de 5,7%. Dias depois, a companhia, anunciou reajuste de R$ 0,10 no valor do diesel (4,84%).
Na mesma transmissão, Bento Albuquerque falou sobre o início de um período de testes do Cartão Caminhoneiro, a partir da próxima segunda-feira, dia 20, nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. No resto do país, a medida vai entrar em vigor no dia 25 de junho.
Segundo o ministro, a iniciativa dá "mais segurança, facilidade e flexibilidade" para garantir o preço do combustível na forma de um cartão pré-pago por até 30 dias.
- Se o preço subir, o caminhoneiro vai ter a garantia do preço do diesel, e se o preço cair, ele pode pegar o cartão pré-pago, pegar o dinheiro dele e comprar mais combustível - explicou.
O Globo
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