O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou, na manhã desta terça-feira (31), a vitória sobre Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições do ano passado. Durante entrevista ao programa Conversa com o Presidente, Lula afirmou que o então adversário na corrida presidencial "mentia por segundo com máquina de fazer mentira" e que "ficou dentro de casa um mês nocauteado, sem saber o que fazer" após a derrota, em 30 de outubro de 2022.
O R7 entrou em contato com o advogado e assessor de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, mas não recebeu retorno até a última atualização desta reportagem.
"Tivemos o ano possivelmente de maior quantidade de mentiras contadas desde que o Brasil foi descoberto. Nunca se mentiu tanto. Nosso adversário contava mentira por segundo", criticou Lula, ao afirmar que Bolsonaro "fazia questão de acordar mentindo e deitar mentindo, de inventar coisas para contar para o povo, de inventar remédio para quem estava doente com Covid", além de "mentiras sobre economia."
"Fazia parte do DNA dele, com a máquina de fazer mentira, que até então a gente não tinha conhecimento. A nossa vitória foi tão maiúscula que ele ficou nocauteado, dentro de casa um mês, não sabia o que fazer", disse o presidente.
A falta de reação de Bolsonaro após a derrota, segundo Lula, foi pela "quantidade de dinheiro que jogaram durante o processo eleitoral". "A quantidade de utilização da máquina pública para tentar evitar perder as eleições foi de tamanha magnitude que, quando perdeu, entrou em parafuso", afirmou.
Lula ainda acusou o ex-presidente de ter planejado os atos de vandalismo que tomaram a área central de Brasília em 12 de dezembro do ano passado.
"Na verdade, ele estava preparando um golpe, que era para ser no dia da minha diplomação. Como mudei de 18 [de dezembro] para 12, eles foram pegos de surpresa. Mesmo assim, fizeram aquele carnaval no dia 12, enfrentaram a Polícia Federal, tocaram fogo em ônibus, com a proteção da polícia. Eu estava no hotel vendo tudo o que estava acontecendo", relembrou o presidente.
Para Lula, 2022 foi "um ano glorioso para a democracia brasileira". "Na transição, nós descobrimos todas as falcatruas que tinham acontecido neste país. Tudo isso está sendo apurado, investigado, e vai se transformar em uma denúncia. Nós conseguimos fazer quase que um milagre", avaliou, em referência aos dez primeiros meses de mandato.
R7
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