O governo federal apresentou nesta segunda-feira (18) ao corpo diplomático de diversos países a nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que prevê investimentos em obras de infraestrutura nas 27 unidades da federação que podem chegar a pelo menos R$ 1,7 trilhão. A agenda ocorreu no Ministério das Relações Exteriores e contou com a presença de diversas autoridades estrangeiras.
A cerimônia contou com a participação do presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), uma vez que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cumpre agenda nos Estados Unidos, e dos ministros Rui Costa (Casa Civil) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos). A embaixadora Maria Laura da Rocha, que exerce o cargo de ministra interina do Itamaraty, também participou do evento.
"O objetivo desse encontro é despertar cada nação, cada fundo de investimento, cada empresa internacional para as oportunidades de negócio que se apresentam no Brasil", disse Rui Costa, acrescentando que um dos pilares do projeto é a transição energética. "O Brasil quer se firmar como uma das principais nações do mundo, com uma matriz energética limpa. Esses investimentos do novo PAC buscam se alinhar com a sustentabilidade ambiental".
O PAC marcou as duas primeiras gestões de Lula à frente da Presidência da República. A nova versão lançada pelo chefe do Executivo vai disponibilizar recursos para ao menos 2 milhões de empreendimentos ao redor do país. Os investimentos previstos contam com recursos do Orçamento Geral da União (R$ 371 bilhões), de empresas estatais (R$ 343 bilhões), de financiamentos (R$ 362 bilhões) e do setor privado (R$ 612 bilhões).
De acordo com o chefe da Casa Civil, a nova roupagem, diferentemente das duas versões anteriores, permite concessão pública e parceria público-privada. "Os outros PACs tiveram como elemento força o Orçamento da União, o investimento direto do governo federal, e neste PAC nós estamos combinando um volume expressivo do Estado, mas também um volume substantivo de projetos de concessão e parceria público-privada", disse.
O estado que vai receber o maior volume de recursos no novo PAC é o Rio de Janeiro, com R$ 342,6 bilhões. Confira a lista completa:
Região Norte
Acre: R$ 26,6 bilhões
Tocantins: R$ 57,9 bilhões
Amapá: R$ 28,6 bilhões
Roraima: R$ 28,6 bilhões
Amazonas: R$ 47,2 bilhões
Rondônia: R$ 29,6 bilhões
Pará: R$ 75,2 bilhões
Região Nordeste
Alagoas: R$ 47 bilhões
Sergipe: R$ 136,6 bilhões
Bahia: R$ 119,4 bilhões
Rio Grande do Norte: R$ 45,1 bilhões
Ceará: R$ 73,2 bilhões
Pernambuco: R$ 91,9 bilhões
Piauí: R$ 56,5 bilhões
Paraíba: R$ 36,8 bilhões
Maranhão: R$ 93,9 bilhões
Região Sul
Santa Catarina: R$ 48,3 bilhões
Rio Grande do Sul: R$ 75,6 bilhões
Paraná: R$ 107,2 bilhões
Região Sudeste
São Paulo: R$ 179,6 bilhões
Rio de Janeiro: R$ 342,6 bilhões
Minas Gerais: R$ 171,9 bilhões
Espírito Santo: R$ 65,9 bilhões
Região Centro-Oeste
Distrito Federal: R$ 47,8 bilhões
Mato Grosso do Sul: R$ 44,7 bilhões
Mato Grosso: R$ 60,6 bilhões
Goiás: R$ 98,5 bilhões
R7
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