O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu posse nesta quarta-feira (13) aos três novos ministros do governo. Em cerimônia fechada no Palácio do Planalto, assumiram os cargos:
André Fufuca (PP-MA), que assume o Ministério do Esporte no lugar de Ana Moser
Sílvio Costa Filho (Republicanos-PE), que assume o Ministério de Portos e Aeroportos no lugar de Márcio França
Márcio França (PSB-SP), que assume o novo Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte
Os nomes foram publicados também na manhã desta quarta, em uma edição extra do "Diário Oficial da União" que também trouxe a exoneração da ministra do Esporte, Ana Moser – que ainda não tem cargo novo definido no governo.
Em outra edição extra, o governo também formalizou a medida provisória que cria o Ministério do Empreendedorismo e da Micro e Pequena Empresa, a ser comandado por Márcio França.
Até então, essa área estava vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, comandado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB-SP).
As mudanças no primeiro escalão do governo, que passa de 37 para 38 ministérios, foram negociadas nos últimos meses para incluir partes das bancadas de PP e Republicanos na base de Lula no Congresso Nacional.
Os dois partidos integram o Centrão, bloco que tradicionalmente apoia governos em troca de cargos e recursos do orçamento federal. O novo arranjo da Esplanada exigiu a mudança de posto de França, filiado ao PSB, partido que não integra o Centrão.
Mal-estar
A reunião desta quarta foi o primeiro contato de Lula com os novos ministros após o anúncio das alterações na Esplanada e da viagem do presidente à Índia, onde ele participou da reunião de líderes do G20.
A opção de Lula por uma posse fechada gerou mal-estar entre parlamentares do Centrão. Indicado para o Ministério do Turismo pelo União Brasil, outra legenda do bloco partidário, Celso Sabino tomou posse em uma cerimônia aberta à imprensa e convidados no Salão Nobre do Planalto.
Líder do Republicanos na Câmara, Hugo Motta (PB) afirmou que a posse fechada à imprensa "não incomoda" a bancada do partido, que reconhece o "gesto de aproximação" do governo com a nomeação de Sílvio Costa como ministro.
"Essa posse é uma posse, me parece mais fechada, com a participação apenas dos familiares do ministro com o presidente da República. Enquanto líder da bancada, fui convidado para representar nossos deputados e deputadas", afirmou Motta.
Segundo o líder, o partido seguirá "independente" em relação ao governo, mas a bancada ajudará o novo ministro a "fazer uma gestão responsável".
"Não vamos mudar esse posicionamento, mas é óbvio e claro que, quando o governo reconhece aquilo que o partido fez, ajudando nas pautas importantes votadas até o dia de hoje, nós vemos isso com bons olhos. Isso traz uma satisfação para bancada que quer dialogar, estar mais próxima das pautas de interesse do país", disse Motta.
A reforma ministerial também desgastou Lula com parte de sua base, já que o presidente decidiu demitir Ana Moser, medalhista olímpica. A ex-jogadora de vôlei apoiou Lula desde a campanha eleitoral, porém não é filiada a partido político, fato que pesou na opção por sua saída do Ministério do Esporte.
g1
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