O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou nesta sexta-feira (1º) que a alta de 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre deste ano "foi um bom crescimento" e ficou acima do que era esperado pelo governo federal. "A expectativa era crescer 0,3% o PIB do segundo trimestre, mas cresceu 0,9%, o que nos leva para perto de 3% o crescimento do PIB neste ano. Uma boa notícia", disse Alckmin à Record TV.
Ao comentar o resultado do PIB, o vice-presidente defendeu a redução da taxa básica de juros da economia, a Selic, hoje em 13,25% ao ano.
"O Brasil está fazendo milagre. Com uma taxa de juros que é a maior do mundo, uma taxa real, conseguir crescer e crescer num ritmo [acelerado]. Hoje, dos países da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico], o Brasil foi o segundo maior crescimento. O que precisa é cair a taxa de juros mais depressa, e a economia crescerá ainda mais."
O crescimento registrado entre abril e junho foi a oitava elevação trimestral consecutiva. Contudo, a alta de 0,9% foi inferior à contabilizada nos três primeiros meses do ano, quando a economia brasileira deu um salto de 1,8%.
Indústria e serviços puxaram alta
A alta do segundo trimestre é explicada pelo bom desempenho da indústria (0,9%) e dos serviços (0,6%). A coordenadora de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Rebeca Palis, explicou que as atividades de serviços respondem por cerca de 70% da economia nacional, o que influencia ainda mais a expansão do PIB.
"O que puxou esse resultado dentro do setor de serviços foram os serviços financeiros, especialmente os seguros, como os de vida, de automóveis, de patrimônio e de risco financeiro. Também se destacaram dentro dos outros serviços aqueles voltados às empresas, como os jurídicos e os de contabilidade", afirmou ela.
As atividades industriais ficaram no campo positivo pelo segundo trimestre seguido, após a variação negativa de 0,2% nos últimos três meses do ano passado. A expansão é motivada pelos resultados favoráveis das indústrias extrativas (1,8%), da construção (0,7%), das atividades de eletricidade, gás, água, esgoto e gestão de resíduos (0,4%) e das indústrias de transformação (0,3%).
Nas indústrias extrativas, o destaque é a extração de petróleo e gás e de minério de ferro, produtos relacionados à exportação. A variação do segundo trimestre é a quinta seguida positiva do setor extrativo. A indústria continua acima do patamar pré-pandemia, mas não conseguiu superar o ponto mais alto da sua série histórica, alcançado no terceiro trimestre de 2013.
Só a agropecuária recuou
Na contramão do resultado geral, a agropecuária foi o único dos três grandes setores da economia a recuar no trimestre (-0,9%). A retração vem após o avanço de 21% no primeiro trimestre e se deve, principalmente, à base de comparação elevada.
R7
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