Após ter realizado compromissos públicos no Piauí, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cumpre agenda nesta sexta-feira (1º) em Fortaleza (CE) e em Luís Gomes (RN). Em terras cearenses, o petista vai participar das celebrações referentes ao aniversário de dois programas de microcrédito urbano e rural do Banco do Nordeste que visam reduzir as desigualdades sociais e a pobreza na região: Credamigo e Agroamigo.
O Credamigo, que completa 25 anos em 2023, tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento socioeconômico dos empreendedores e empreendedoras, por meio de produtos e serviços de microfinanças e orientação empresarial, de forma sustentável, oportuna e de fácil acesso.
O programa atende atualmente cerca de 2 milhões de pessoas em quase 2.000 municípios e conta com uma carteira ativa perto de R$ 5 bilhões. Entre seus clientes, 18% têm renda familiar mensal de até R$ 700 e 16% têm renda familiar que varia entre R$ 700 e R$ 1.000.
Já o Agroamigo, que celebra 18 anos em 2023, tem como missão o desenvolvimento da agricultura familiar, mediante a concessão de microcrédito rural, produtivo, orientado e acompanhado, de forma sustentável, promovendo a geração de renda, inclusão produtiva, diversificação de atividades e melhoria da qualidade de vida dos agricultores familiares no Nordeste.
O programa atende atualmente 1,3 milhão de produtores rurais com microcrédito e conta com uma carteira ativa de R$ 6,6 bilhões. O perfil dos clientes dessa modalidade mostra que 75% estão na região do semiárido e que quase a metade (47,5%) é formada por mulheres.
A agenda de celebração dos programas vai ocorrer às 10h, na sede do Banco do Nordeste, na capital cearense. Em seguida, Lula vai para Juazeiro do Norte (CE) e, depois, para Luís Gomes (RN), para visitar as obras do túnel Major Sales. Segundo a agenda oficial, o presidente retorna para Brasília às 18h30, com previsão de chegada às 20h40.
Brasil sem Fome
Nesta quinta-feira (31), Lula lançou em Teresina (PI) o programa Brasil sem Fome, que tem como objetivo retirar novamente o país do mapa da fome até 2030. O projeto também tem a meta de reduzir, ano a ano, a extrema pobreza e a pobreza, com inclusão socioeconômica. A medida foi construída com base no aprendizado da trajetória que levou o país a sair do mapa da fome em 2014, durante a gestão de Dilma Rousseff (PT).
O Brasil tem 70 milhões de pessoas que estão em situação de insegurança alimentar moderada ou severa. O número consta em um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU). Na prática, significa dizer que um em cada três habitantes passa algum tipo de necessidade ao se alimentar todos os dias — o último censo demográfico do IBGE mostrou que o país tem 203 milhões de pessoas.
Confira abaixo a forma como o Brasil sem Fome está dividido:
• Eixo 1 — Em acesso à renda, ao trabalho e à cidadania, serão integradas as políticas que envolvem o Bolsa Família, a Busca Ativa, a valorização do salário mínimo, a inclusão produtiva e a capacitação profissional, além do Programa Nacional de Alimentação no Sistema Único de Assistência Social (Suas). Também haverá um mapeamento e integração dos benefícios sociais existentes em estados e municípios.
• Eixo 2 — Quando se trata de alimentação adequada e saudável, o Plano Brasil sem Fome prevê ações da produção ao consumo integrando atividades que envolvem o Plano Safra da Agricultura Familiar, a segurança alimentar nas cidades, o combate ao desperdício, uma Política Agroecológica, a Política Nacional de Abastecimento, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), o Fomento Rural e a formação de estoques de alimentos.
• Eixo 3 — Na Mobilização para o Combate à Fome, o plano prevê o fortalecimento do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), a adesão de estados, municípios e entes federativos, caravanas que acontecerão em todo o Brasil na campanha por um Brasil sem Fome e a organização de uma rede de iniciativas da sociedade civil.
R7
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