O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai fazer uma viagem oficial a Cuba em setembro. O chefe do Executivo deve visitar o país da América Central entre os dias 15 e 16 para participar da cúpula do chamado Grupo dos 77, instituição da Organização das Nações Unidas (ONU) composta por países em desenvolvimento.
Segundo a ONU, o Grupo dos 77 é a maior organização intergovernamental de países em desenvolvimento nas Nações Unidas. De acordo com a organização, “o grupo fornece os meios para os países do hemisfério sul articularem e promoverem os seus interesses econômicos coletivos e melhorarem a sua capacidade de negociação conjunta em todas as principais questões econômicas internacionais dentro do sistema das Nações Unidas e promover a cooperação Sul-Sul para o desenvolvimento”.
A viagem de Lula a Cuba vai anteceder a ida dele aos Estados Unidos para participar da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. A sessão deste ano vai acontecer entre os dias 19 e 23 de setembro.
Durante a participação na Assembleia Geral, Lula deve defender alterações no Conselho de Segurança da ONU, que foi criado com a missão de zelar pela manutenção da paz mundial. O órgão é composto de 15 membros, dez deles não permanentes e cinco permanentes (China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia). Lula é a favor do ingresso do Brasil e de países em desenvolvimento da América Latina, da África e da Ásia.
Na semana passada, durante viagem oficial à África, Lula reclamou dos membros permanentes do Conselho de Segurança, afirmando que eles são os que mais estimulam conflitos ao redor do mundo. “A ONU de 2023 está longe de ter a mesma credibilidade de 1945. O Conselho de Segurança, que deveria ser a segurança da paz e da tranquilidade, é o Conselho de Segurança que faz a guerra sem conversar com ninguém”, disse.
“A Rússia vai para a Ucrânia sem discutir no Conselho de Segurança. Os Estados Unidos vão para o Iraque sem discutir no Conselho de Segurança. A França e a Inglaterra vão invadir a Líbia sem passar pelo Conselho de Segurança. Ou seja, quem faz a guerra são os países do Conselho de Segurança, quem produz armas são os países do Conselho de Segurança, quem vende armas são os países do Conselho de Segurança. Está errado”, acrescentou Lula.
R7
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