Após finalizar seu giro pelos gabinetes dos senadores, o subprocurador Augusto Aras, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para ser o novo procurador-geral da República, dedicou os últimos dois dias à preparação para a sabatina desta quarta-feira (25) na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.
A senadora Simone Tebet, que preside a CCJ, disse ao blog que, após a sabatina, a intenção é que na própria quarta-feira o nome de Aras seja submetido à votação no plenário do Senado.
Na preparação para a sessão com os senadores na CCJ, Aras priorizou os temas polêmicos, como a Operação Lava Jato, e a lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), selecionada a partir de votação promovida pela entidade.
Ele foi criticado por membros do Ministério Público Federal porque, entre outros motivos, não figura na lista tríplice, uma tradição da corporação. A lista foi enviada ao presidente Jair Bolsonaro, mas ele não tem a obrigação de escolher um dos três integrantes.
‘Projeto de gestão’
Aras tem confidenciado a interlocutores que espera ter a indicação aprovada nesta semana porque se sente "em campanha" desde março.
Além disso, hoje, a PGR está sob comando de um interino, Alcides Martins, porque o mandato de Raquel Dodge se encerrou no último dia 17 sem que o Senado tivesse votado a indicação de Aras.
Segundo o blog apurou, Aras já avalia rever medidas adotadas por Dodge na reta final do mandato.
Antes de deixar o cargo, a ex-procuradora-geral contestou, por exemplo, decretos do governo Bolsonaro que facilitam o porte de armas e iniciativas de vigilância e censura de professores em sala de aula.
A intenção de revisar atos também se estende a decisões administrativas de Dodge, como nomeações para postos-chave na PGR.
G1
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