O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (3) que ainda estuda as mudanças que fará na Esplanada dos Ministérios para atender partidos do chamado Centrão e ampliar a base de apoio no Congresso.
Desde o início dos rumores sobre uma reforma, Lula trocou apenas o comando do Ministério do Turismo – saiu Daniela Carneiro (União Brasil, em migração para o Republicanos) e entrou Celso Sabino (União), que toma posse simbolicamente nesta quinta, mas já despacha desde julho.
Em entrevista a rádios da Amazônia nesta quinta, Lula confirmou que haverá novas mudanças, mas disse que ainda não decidiu quais e quantas – e só fará isso ao retornar da Cúpula da Amazônia, na próxima semana.
"Eu vou fazer ajustes no governo porque nós temos interesse em construir maioria, para que até o final de 2026 a gente possa votar as coisas importantes de interesse do povo brasileiro. A troca de ministros não pode ser vista como uma coisa absurda, uma coisa menor. Nós temos partidos importantes que querem participar do governo, fazer parte da base, então vamos conversar", declarou.
"Eu não estou com pressa, as pessoas sabem que eu vou fazer [a reforma] e sabem que o presidente da República tem que tomar muito cuidado e muita responsabilidade. Quando você mexe no tabuleiro, não pode mexer numa peça errada, colocar uma peça errada", prosseguiu Lula.
"É verdade que eu vou fazer mudança no ministério, mas é verdade que isso ainda não está definido por mim. Eu vou agora para o estado do Pará e, quando eu voltar, semana que vem, eu vou definir o que vou fazer no governo", disse.
'Decisão está tomada', diz Padilha
O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou à GloboNews também nesta quinta que a decisão sobre a necessidade de uma reforma ministerial "está tomada".
Segundo ele, no entanto, Lula ainda quer se reunir com os presidentes dos partidos que estão na mira – União Brasil, PP e Republicanos – para negociar, pessoalmente, os cargos e o apoio no Congresso.
"O presidente Lula já sinalizou que quer sim incorporar outras pessoas que forem indicadas. Mas ele gosta de conversar 'olho no olho', quer ter uma relação com essas bancadas e com os partidos. Então, é só ajustar agenda, lideranças desses partidos não estão no Brasil nesse momento. Mas a decisão política está tomada", disse Padilha.
g1
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