Entre os desenhos que estão sobre a mesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para recompor a base de apoio do governo, em especial na Câmara, um prevê a criação de um novo ministério, o das micro e pequenas empresas, para atrair siglas de centro.

Pela proposta, que segundo um integrante do primeiro escalão ganhou muita atenção de Lula, a secretaria dedicada aos pequenos negócios, hoje no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), seria separada da pasta e robustecida com outras atribuições e talvez até uma agência.

O MDIC é chefiado hoje pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que manifestou a Lula estar à disposição para colaborar com o rearranjo da base, inclusive abrindo mão do ministério. Mas o presidente disse a aliados que não quer deslocar o vice, a quem pretende preservar de desgaste e tem feito elogios.

Com a criação do ministério, um segundo espaço na Esplanada seria ofertado ao PP e ao Republicanos. A pasta de Portos e Aeroportos, chefiada por Márcio França (PSB), é a que está na mira.

Segundo um ministro de Lula ouvido pelo blog, o PSB é parte da coalizão do governo desde o nascedouro e está contemplado com a vice-presidência e mais três pastas. "Ser aliado é contribuir, todos devem dar sua cota", afirmou.

No Congresso, aliados de Lula dizem que o espaço do PSB está superdimensionado. Ou seja: a mira está mesmo no jardim de cargos cultivados pela sigla.

g1
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