O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarca na noite deste sábado (15) para Bruxelas, capital da Bélgica, para participar da cúpula que reúne países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia.
O encontro entre os líderes dos blocos, que reúnem 60 países, acontecerá entre segunda (17) e terça-feira (18), na capital belga. A última reunião havia ocorrido em 2015, também na Bélgica.
Segundo o Itamaraty, o governo brasileiro avalia que a cúpula pode dar "impulso" às relações bilaterais entre os países.
O Brasil havia deixado a Celac durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). O retorno ao grupo ocorreu neste ano, após a posse de Lula.
A expectativa é que a reunião da próxima semana discuta temas como:
Acordo Mercosul-UE
No comando do Mercosul, Lula foi convidado a participar da cúpula pelo primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, que preside o bloco europeu. Os dois têm discutido os detalhes finais de um acordo comercial entre os blocos.
Ao assumir o bloco sul-americano, no início do mês, o presidente chegou a sugerir que o Mercosul poderia "roubar a cena" da cúpula para negociar termos do acordo.
Parte já foi concluída em 2019. No entanto, neste ano, os europeus enviaram uma carta adicional ao Mercosul, que prevê sanções em questões ambientais — mobilização liderada pela França.
O teor do documento foi classificado por Lula como "ameaça", e o governo brasileiro anunciou que trabalhava em uma resposta.
Segundo o blog da jornalista Julia Duailibi no g1, o Itamaraty finalizou nesta sexta (14) a contraproposta, que será encaminhada aos países do Mercosul.
Em razão da ausência de tempo hábil para as lideranças avaliarem o texto, o Ministério das Relações Exteriores prevê que o tema não será abordado na cúpula, como havia previsto Lula.
Lideranças progressistas
Lula deve retornar ao Brasil após o término da cúpula, na terça (18). Além da reunião entre os blocos, a agenda na Bélgica contará com um encontro de líderes progressistas.
Segundo a secretária do Itamaraty para o continente europeu, Maria Luisa Escorel de Moraes, o convite partiu de Stefan Lofven, ex-primeiro-ministro da Suécia.
Ainda de acordo com a secretária, além de Lula, deverão participar do encontro chefes de Estado ou de governo dos seguintes países:
O presidente ainda participará de outros compromissos, entre os quais:
Agenda internacional
Desde que tomou posse, em janeiro deste ano, Lula tem dedicado boa parte da agenda à política externa, afirmando que busca colocar o Brasil em posição de protagonismo no cenário internacional.
Nessa estratégia, tem tido diversos encontros com políticos historicamente ligados a ele ou ao campo político de esquerda.
Nos últimos seis meses, entre outros compromissos, ele:
g1
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