O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o Novo Banco de Desenvolvimento, conhecido como Banco dos Brics, avalia ajudar a Argentina economicamente. A declaração foi feita na noite desta terça-feira (2), no Palácio da Alvorada, depois de reunião com o presidente da Argentina, Alberto Fernández.
A informação de que a instituição financeira pretende ajudar a Argentina foi sinalizada, segundo Lula, pela presidente do banco, Dilma Rousseff. "A Dilma me disse que está trabalhando para mudar o regulamento [do Banco dos Brics] para contribuir e ajudar a Argentina. A Argentina voltará a ser a economia grande e produtiva que foi durante muito tempo", garantiu Lula.
O presidente também comentou que planeja agir em prol do país vizinho frente ao Fundo Monetário Internacional (FMI). "Eu pretendo conversar, através do meu ministro da Fazenda [Fernando Haddad], com o FMI, para tirar a faca do pescoço da Argentina. O FMI sabe como a Argentina se endividou, portanto, não pode ficar pressionando um país que só quer crescer, gerar empregos e melhorar a vida do povo. Estamos dispostos a ajudar a Argentina e a vencer as questões técnicas que a economia exige", declarou.
Lula afirmou que a cooperação entre Brasil e Argentina será por meio do fluxo comercial. O país é o maior parceiro econômico brasileiro na América do Sul. "Os companheiros argentinos vão discutir as garantias [do acordo] e o Brasil vai discutir com os empresários brasileiros que exportam para a Argentina e com o Congresso Nacional o que pode ser feito para ajudar a encontrar uma solução", explicou.
O presidente quer bancar as vendas de empresários brasileiros para o país vizinho. O Brasil deve propor um crédito para a exportação, o que beneficiaria mais de 200 empresas brasileiras que vendem para a Argentina. Essas firmas têm reclamado da demora para receber o pagamento das mercadorias.
"Precisamos ajudar os empresários brasileiros que exportam para a Argentina e financiar as exportações brasileiras, como a China faz para os produtos chineses. Vamos encontrar uma forma para fazer com que nossos exportadores continuem com suas empresas funcionando e gerando emprego e as exportações entre Brasil e Argentina continuem crescendo", completou.
R7
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