O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta segunda-feira (10) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, elogiou o novo arcabouço fiscal proposto pela equipe econômica e voltou a criticar a taxa de juros no país.
Lula deu as declarações durante reunião com ministros sobre os primeiros 100 dias do mandato. Na avaliação do presidente, a nova regra fiscal, que será enviada para análise do Congresso, tem "soluções realistas", põe fim "às amarras descumpridas do falido teto de gastos" e coloca o pobre "de volta" ao orçamento.
"Aqui, Haddad, de vez em quando, eu sei que você ouve algumas críticas. Eu tenho que elogiar, você e a equipe que trabalharam, porque certamente, em se tratando de economia, em se tratando de política tributária, a gente nunca vai ter 100% de solidariedade", afirmou Lula ao defender o ministro da Fazenda.
"A compreensão da sociedade sobre o que foi feito vale mais do que uma crítica de uma pessoa. Eu tenho certeza que vai ter sucesso. Tenho certeza que vai ser aprovado, e tenho certeza que a gente vai colher os frutos que foram plantados na nossa proposta [do arcabouço fiscal]", acrescentou o presidente.
O presidente também comentou críticas do mercado e de especialistas em economia ao seu governo. "Se a gente for governar pensando nisso, é melhor desistir", declarou.
Taxa de juros
O presidente voltou a criticar a taxa de juros, que é fixada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, atualmente em 13,75%.
E afirmou que quem define o percentual está "brincando com o país" e com os mais pobres.
"Embora eu continue achando que 13,75% é muito alta a taxa de juros, continuo achando que estão brincando com o país. Brincando, sobretudo, com o povo pobre e, sobretudo, com os empresários que querem investir, só não vê quem não quer", disse.
Colunistas do g1 apontam os ataques de Lula ao BC e ao presidente do órgão, Roberto Campos Neto, como um dos pontos negativos dos 100 primeiros dias de governo.
Investimento e obras
Lula também afirmou que o governo vai ampliar investimentos "estratégicos" em obras de infraestrutura.
Os recursos serão aplicados, segundo o petista, em seis eixos:
Em relação à energia, ele disse que o governo lançará editais para investimentos, especialmente, nas matrizes eólica e solar.
Petrobras
Segundo o petista, a Petrobras vai financiar pesquisas em combustíveis renováveis e, também, fará mais investimentos.
"Ampliando a frota de navios da Transpetro e gerando emprego em nossos estaleiros", declarou.
g1
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