O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), continuará despachando do Palácio da Alvorada nesta quarta-feira (29), diferente do que havia informado nota divulgada mais cedo nesta terça-feira (28) pelo ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta. Diagnosticado com broncopneumonia bacteriana e viral por Influenza A, o presidente manteve as agendas internas na residência oficial.
De acordo com a nota divulgada pela Secom, Lula está concluindo a parte mais intensa da medicação para combater a doença. Ainda segundo o texto, o presidente "está com várias agendas durante o dia, com muita disposição". A doença fez o governo brasileiro cancelar a viagem à China, que aconteceria no último domingo. A decisão foi comunicada às autoridades chinesas com a reiteração do desejo de marcar uma visita em uma nova data.
De acordo com a agenda oficial, o chefe do Executivo se reuniu pela manhã com o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e com o chefe de gabinete da Presidência, Marco Aurélio Ribeiro, mais conhecido como Marcola. O presidente se encontrou, no início da tarde, com o ministro Fernando Haddad (Fazenda) e com Miriam Belchior (secretária-executiva da Casa Civil).
Apesar de focar nas agendas internas, Lula deve acompanhar de perto a semana no Congresso. Isso porque há previsão de uma força-tarefa para a votação de medidas provisórias do governo. As votações devem ocorrer em meio a uma briga entre os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), quanto ao modo de análise das medidas provisórias.
Outro ponto sensível é a nova regra fiscal, que vai nortear os gastos públicos do país e substituir o teto de gastos, norma que limita o crescimento das despesas da União à inflação do ano anterior. A medida já está pronta, mas a divulgação está atrasada por causa das divergências dentro da própria equipe do governo e do PT.
O presidente da República pediu ao ministro da Fazenda uma apresentação prévia do texto a líderes no Congresso e a economistas como forma de garantir um alinhamento para que as regras não enfrentem resistência. Uma nova reunião para discutir a medida está marcada para quarta-feira (29).
R7
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