A Polícia Federal voltou atrás e concedeu à defesa de Jair Bolsonaro (PL) acesso ao inquérito que investiga a tentativa do governo do ex-presidente de trazer ao Brasil, sem declarar às autoridades, um conjunto de joias sauditas.
Em um primeiro momento, a PF havia negado o acesso ao inquérito com o argumento de que, "até o momento", ele não era investigado no caso.
A defesa do ex-presidente, coordenada pelo advogado Paulo Cunha Bueno, recorreu, e citou a fala do ministro Flávio Dino (Justiça) segundo a qual Bolsonaro "será chamado para depor" sobre o caso.
Os itens foram presentes da Arábia Saudita para a comitiva brasileira. Parte, avaliada em R$ 16,5 milhões, acabou apreendida pela Receita Federal no Aeroporto de Guarulhos. O governo Bolsonaro tentou recuperá-las antes do então presidente embarcar para os Estados Unidos, mas não conseguiu
Outra parte, de R$ 500 mil, entrou no Brasil sem ser detectada na alfândega e foi entregue a Bolsonaro, contrariando o entendimento do Tribunal de Contas da União (TCU), que estabelece que presentes do tipo devem ficar com o Estado, e não com o ex-mandatário. Após o caso vir à tona, Bolsonaro prometeu entregá-las ao TCU; a defesa do ex-presidente questionou o TCU sobre onde os itens devem ser levados e aguarda resposta.
g1
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