O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou nesta sexta-feira (17) que seja apurada a participação do deputado federal Cabo Gilberto Silva (PL-PB) no incentivo aos atos de 8 de janeiro - que levaram à destruição de prédios dos Três Poderes.
O ministro acolheu uma manifestação da Procuradoria-Geral da República, a partir de um pedido de apuração apresentado pelo PSOL da Paraíba. A investigação será sobre os indícios de "autoria intelectual ou instigação" aos atos, e vai ocorrer no âmbito de um dos inquéritos abertos na Corte para apurar a destruição promovida por bolsonaristas radicais.
Na decisão, o ministro citou declarações do deputado em uma rede social que teriam servido de incentivo aos atos criminosos. Moraes também determinou o envio de cópia do pedido de investigação ao Conselho de Ética da Câmara. E fixou prazo de 15 dias para que o parlamentar seja ouvido pela Polícia Federal.
Além do parlamentar, também serão alvo de apurações Walber Virgolino, deputado estadual na Paraíba também pelo PL; Nilvan Ferreira (PL-PB), que foi candidato ao governo do estado no ano passado; e a vereadora de João Pessoa Eliza Virgínia (Progressistas).
O ministro também determinou que o pedido de investigação contra a ex-primeira dama da Paraíba, Pâmela Bório, também seja incluído em outra investigação na Corte sobre os atos de 8 de janeiro. O objetivo é "aprofundar a investigação" sobre Bório pela suposta participação "no núcleo de executores materiais dos atos criminosos".
Pâmela Bório foi casada com o ex-governador Ricardo Coutinho e apareceu em vídeos e fotos no telhado do Congresso Nacional no dia 8.
A PF também terá 15 dias para ouvir Pâmela Bório, Walber Virgolino, Nilvan Ferreira e Eliza Virgínia.
g1
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