A Polícia Federal negou acesso de Jair Bolsonaro (PL) ao inquérito das joias e informou que, "até o momento", ele não é investigado no caso.
"Trata-se de investigação que corre sob sigilo. O interessado não consta como investigado até o momento", disse o delegado da PF Adalto Machado à defesa do ex-presidente.
A mensagem foi enviada em resposta a um pedido da defesa de acesso às informações impetrado na segunda (13), quando o advogado de Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno, se apresentou e informou que o ex-presidente enviaria ao Tribunal de Contas da União (TCU), como fiel depositário, as joias que ficaram com o ex-presidente.
O inquérito apura a tentativa de uma comitiva do governo Bolsonaro de trazer ao Brasil em 2021, sem declarar às autoridades, um conjunto de joias.
Os itens foram presentes da Arábia Saudita para a comitiva brasileira. Parte, avaliada em R$ 16,5 milhões, acabou apreendida pela Receita Federal no Aeroporto de Guarulhos. O governo Bolsonaro tentou recuperá-las antes do então presidente embarcar para os Estados Unidos, mas não conseguiu
Outra parte, de R$ 500 mil, entrou no Brasil sem ser detectada na alfândega e foi entregue a Bolsonaro, contrariando o entendimento do Tribunal de Contas da União (TCU), que estabelece que presentes do tipo devem ficar com o Estado, e não com o ex-mandatário. Após o caso vir à tona, Bolsonaro prometeu entregá-las ao TCU.
Na terça-feira, o ex-ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque – que capitaneava a comitiva – e um ex-assessor foram ouvidos pela PF no inquérito.
Como o blog revelou, Albuquerque disse às autoridades que as joias eram um presente de estado e que não sabia o que havia no pacote que entrou no Brasil e acabou entregue a Bolsonaro.
g1
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