O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (24) que o governo brasileiro vai acabar com o desmantamento no Brasil até 2030. A promessa foi feita durante o discurso dele no encontro do G20, que reúne os ministros das finanças e chefes dos bancos centrais das 19 maiores economias do mundo e da União Europeia. O evento é sediado em Bangalore, na Índia.
"É fundamental que os países desenvolvidos cumpram os compromissos estabelecidos pelo Acordo de Paris e a ambição declarada em Glasgow e no Egito, incluindo o aumento de recursos para mitigação e adaptação. No caso brasileiro, gostaria de destacar o compromisso renovado do presidente Lula de acabar com o desmatamento até 2030," afirmou o ministro.
Haddad defendeu reformas nos bancos multilaterais de desenvolvimento. Segundo ele, o governo brasileiro considera que essas instituições devem ser bem capitalizadas e flexíveis para apoiar os países em desenvolvimento com financiamento de longo prazo e "taxas de juros adequadas".
O mininstro disse ainda que o governo brasileiro está preocupado com os níveis de endividamento, principalmente entre os países mais pobres. "Ter mecanismos para uma reestruturação ordenada e oportuna é do interesse de credores e devedores [...] O financiamento climático é mais caro e apresenta taxas de risco mais altas para esses países, o que dificulta o alcance das metas de redução de emissões de carbono", ponderou.
Brasil teve a sexta menor inflação entre os países do G20 em 2022
Com a queda do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) nos últimos meses de 2022, o Brasil registrou a sexta menor inflação entre os países do G20 no ano passado, de acordo com levantamento da Austin Rating.
A inflação oficial de preços do Brasil encerrou 2022 com alta de 5,79% e furou o teto da meta pelo segundo ano consecutivo, de acordo com dados divulgados na terça-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O índice é menor que o projetado para a União Europeia (9,3%), Reino Unido (11,5%), e Estados Unidos (6,5%), além de ficar abaixo do aumento da Itália (11,6%) e da Alemanhã (8,6%). A Espanha, com 5,8%, foi incluída no ranking, apesar de ter estatuto de convidada permanente no G20.
R7
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