Na primeira manifestação pública de um comandante militar desde os ataques às sedes dos Poderes, em Brasília, no dia 8, o comandante militar do Sudeste, general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, afirmou que o resultado das urnas deve ser respeitado.
"Vamos continuar garantindo a nossa democracia, porque a democracia pressupõe liberdade e garantias individuais e públicas. E é o regime do povo, de alternância de poder. É o voto. E, quando a gente vota, tem de respeitar o resultado da urna", disse.
A declaração ocorreu durante discurso no quartel-general do Comando Militar do Sudeste (CMSE), com a tropa formada, na quarta-feira (18).
Na fala , ele lembrava os militares mortos na missão de paz das Nações Unidas no Haiti. No meio do discurso, Tomás então passou a abordar o "terremoto político" que atingiu recentemente o país e tratou do resultado das urnas.
Ministro da Defesa
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou que na reunião dos militares com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na sexta-feira (20) não foi tratada a invasão de extremistas nas sedes dos Três Poderes, em Brasília. Múcio disse, ainda, que não houve envolvimento dos militares nos atos antidemocráticos.
"Não foi discutido, porque isso está com a Justiça. Estamos atrás ou aguardando as comprovações para que as providências sejam e serão tomadas", respondeu Múcio ao ser questionado se, durante a reunião, foi discutida a participação de militares na invasão.
R7
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