O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dispensou mais 13 militares que atuavam no Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Com a medida, eles serão realocados em outras frentes de atuação das Forças Armadas. As medidas foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (18).
Entre os dispensados desta quarta estão coordenadores e supervisores de operações da segurança presidencial que ocupavam funções em Brasília e no Rio de Janeiro. Além das dispensas, dois militares foram designados para atuar no GSI — um na Secretaria de Assuntos de Defesa e outro na Segurança Nacional.
Na terça-feira (17), 40 militares que atuavam na segurança de Lula em Brasília foram dispensados de suas funções, além de outros 16 lotados em outras áreas da Presidência da República.
Desconfiança
As dispensas ocorrem em meio a algumas declarações que demonstram desconfiança de Lula em relação aos militares. Durante café da manhã com jornalistas na última semana, o presidente disse que contratou pessoas em quem confia para o cargo de ajudantes de ordem, posto que era ocupado por militares no governo anterior.
Na sequência, o presidente afirmou estar convencido de que alguém facilitou a entrada de extremistas durante a invasão, em 8 de janeiro, das sedes dos Três Poderes, em Brasília. "Teve muita gente conivente, muita gente da PM conivente, muita gente das Forças Armadas conivente", disse Lula.
Na ocasião, extremistas que não aceitam o resultado da eleição de 2022 invadiram as sedes do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Diante do cenário, o presidente decretou intervenção federal na área de Segurança Pública do Distrito Federal até 31 de janeiro. O escolhido como interventor foi Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça.
Até o momento, cerca de 1.500 pessoas foram presas pelos atos antidemocráticos — uma delas é Anderson Torres, ex-ministro da Justiça da gestão Jair Bolsonaro (PL) e ex-secretário de Segurança do DF.
R7
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