O candidato do PT à presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, chamou nesta quinta-feira (13) de "desumanidade" o valor repassado pelo governo federal para financiar a merenda em escolas públicas.
Em setembro, o governo Bolsonaro vetou um reajuste no valor do repasse para as merendas, que será o mesmo pelo quinto ano seguido: R$ 0,36 por dia para cada estudante do ensino fundamental e médio; R$ 0,53 por dia para os alunos da pré-escola; e R$ 1,07 para os alunos em creches ou no ensino integral.
"Faz quatro anos que o salário mínimo não é reajustado. Até a merenda escolar, gente, até a merenda escolar, R$ 0,36 é a parte que toca ao governo federal. O que que dá para comer com R$ 0,36? Então é essa desumanidade, essa falta de humanismo, que nós queremos que deixe o cargo para que o povo brasileiro volte a assumir a presidência outra vez”, disse Lula durante entrevista em Sergipe, onde fez campanha na manhã desta quinta.
Os valores dos repasses federais para as escolas somam R$ 3,9 bilhões em 2022 e, desde 2017, o valor enviado para cada aluno não é reajustado. A preocupação das escolas em comunidades pobres é conseguir oferecer refeições de qualidade para os alunos e, além disso, diminuir a evasão escolar.
A diretriz do orçamento de 2023 aprovada pelo Congresso autorizava a correção desse valor pela inflação acumulada desde a última atualização. Segundo o Observatório da Alimentação Escolar, o aumento seria de 34%, o equivalente a R$ 1,3 bilhão a mais para o ano que vem.
O presidente Jair Bolsonaro vetou o reajuste. Afirmou que a medida contraria o interesse público, porque bloqueia parte do Orçamento e tira do governo a flexibilidade para movimentar recursos. Disse também que o reajuste prejudicaria outros programas do Ministério da Educação e dos demais órgãos da União.
g1
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