Durante visita a um posto de combustível em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro disse, nesta sexta-feira (22), que os cortes no Orçamento da União, o terceiro contigenciamento deste ano, podem chegar a R$ 8 bilhões.
"A gente não quer cortar nada, [mas] se eu não cortar eu entro na Lei de Responsabilidade Fiscal, só isso. Agora, é duro trabalhar com um orçamento desse, engessado. Temos esse corte extra que chega a quase R$ 8 bi", disse.
"Entra aí a questão dos precatórios, entra abono, entra a questão do financiamento da agricultura também. Quando chega algo que extrapolou o previsto, eu tenho que cortar. Vai cortar aonde? Na Saúde, reclama, na Educação, reclama, na Defesa, reclama. Todo mundo vai ter reclamação, é natural", completou.
Fontes do governo com acesso às negociações explicaram que os números ainda não estão fechados. Os técnicos dizem que o contingenciamento será necessário principalmente por causa de acordos não cumpridos com a decisão do Congresso de derrubar vetos presidenciais. Duas leis para ajudar o setor cultural — as leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo — e a proibição de reter recursos do FNDCT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) estão no centro dessa discussão.
Um integrante do governo explicou ao Blog do Nolasco que "os acordos não foram cumpridos, eles [Congresso] aprovaram uma coisa que tinha o acordo de derrubar. Então avançaram no que estava combinado em R$ 5 bi; vamos ter que cortar os R$ 5 bi. Vamos ter que cortar despesas dos ministérios, mas a maior parte tem que ser emendas RP9 [emendas de relator]".
R7
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