Na conversa que terá por telefone nesta segunda-feira (18) com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, o presidente Jair Bolsonaro comentou neste domingo (17) que não vai sugerir nenhum tipo de solução à guerra no país provocada pela Rússia e iniciada no dia 24 de fevereiro. Será o primeiro diálogo dos dois desde o início do conflito.
"Não vou propor, e quem sou eu para propor isso. Eu vou responder de acordo com o que ele perguntar. Pretendo falar para ele o que eu acho se ele perguntar para mim alguma coisa. Onde pudermos colaborar, vou dar minha opinião. Só vou dar se ele pedir", disse o presidente.
Na semana passada, no entanto, Bolsonaro tinha dito que uma possível saída para a guerra seria a rendição dos ucranianos. Ele comparou a atual situação à Guerra das Malvinas, conflito entre a Grã-Bretanha e a Argentina, em 1982, que terminou após as tropas argentinas se renderem.
Questionado se daria esse conselho a Zelensky, o presidente desconversou. "É uma questão de Estado. Isso não pode vazar. É segredo de Estado. São dois países que têm sua importância. Um é bélico, nuclear. O outro não é um país nuclear, é uma potência dos commodities [aquilo que se produz em grande quantidade para ser exportado]", analisou.
Até hoje, Bolsonaro nunca condenou a invasão por parte da Rússia e manteve os laços comerciais com os russos. Nas últimas semanas, inclusive, Bolsonaro anunciou que "está quase certo" um acordo com a Rússia para a compra de diesel.
R7
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