O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira (14) que tem uma solução para o término da guerra da Rússia contra a Ucrânia e que apresentará em breve a saída ao presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.
"Vou conversar bastante com ele [Zelensky]. É uma liderança. O país dele está com esse conflito e vou dar minha opinião para ele [sobre] a solução para o caso, mas não vou adiantar", afrmou. O presidente brasileiro disse que tal solução tem a ver com a forma como a guerra das Malvinas, entre a Grã Bretanha e a Argentina, terminou. "A solução do caso... Como acabou a guerra da Argentina com o Reino Unido, em 1982? É por aí", disse Bolsonaro.
Em 2 de abril de 1982, a ditadura que governava a Argentina lançou uma operação para recuperar as Malvinas, que desde 1833 são administradas pelo Reino Unido, o que levou a um combate bélico que perdurou até a rendição dos efetivos sul-americanos, em 14 de junho do mesmo ano. A guerra das Malvinas. custou a vida de 649 argentinos, 255 britânicos e três habitantes da ilha.
Bolsonaro havia informado, na última segunda-feira (11), que tem um telefonema agendado para o dia 18 deste mês com o presidente da Ucrânia. Caso a ligação de fato ocorra, será a primeira vez que os líderes conversam entre si desde a invasão do país pela Rússia. De acordo com o líder brasileiro, foi Zelensky quem lhe procurou.
"Foi ele que buscou conversa conosco. E eu disse, de imediato, que conversaria com ele, sim. Ele tem um país grande para administrar. Tudo que foi acordado com o presidente Putin está sendo cumprido. Da minha parte e da parte dele. Vou conversar bastante com ele", destacou Bolsonaro.
O presidente brasileiro viajou para a Rússia em fevereiro deste ano. Na ocasião, ele se reuniu com Vladimir Putin e defendeu a soberania dos países. A Rússia invadiu a Ucrânia dias depois, em 24 de fevereiro.
Em 27 de junho, Bolsonaro voltou a falar com Putin, dessa vez por telefone. Foram discutidos fertilizantes e produtos agrícolas. Durante conversa com a imprensa nesta segunda-feira (11), o presidente brasileiro relatou que "está quase certo" um acordo com a Rússia para a compra de diesel.
R7
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