Os pré-candidatos à presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL) e Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) cumprem agenda em Salvador neste sábado (2). Eles participam das celebrações da Independência do Brasil na Bahia, e estarão reunidos em um raio de 3,4 quilômetros de distância na capital baiana.
Lula, Ciro e Tebet devem participar do desfile cívico, a "caminhada do 2 de Julho", que começa no início da manhã. Ciro deve caminhar ao lado de uma comitiva do PDT - na Bahia, o partido integra a base do ex-prefeito de Salvador ACM Neto.
Os carros emblemáticos do Caboclo e da Cabocla do Pavilhão devem sair do Largo da Lapinha, passando pelas ruas do Centro Antigo de Salvador, até a região do Centro Histórico, onde ocorre a primeira parte do desfile.
A partir das 10h30, está previsto o evento 'Grande Ato da Independência' com o ex-presidente Lula na Arena Fonte Nova.
Lula estará ao lado do governador da Bahia, Rui Costa, do senador Jaques Wagner, e do pré-candidato do PT ao governo do estado, Jerônimo Rodrigues (PT), além do senador Otto Alencar (PSD), candidato da chapa governista à reeleição no Senado. A organização do evento exige um cadastramento para ter acesso ao estádio.
Já o presidente Bolsonaro fará um passeio de moto, a partir das 9h, pelas ruas da Orla Atlântica de Salvador. A concentração está marcada para 8h, no Farol da Barra, que fica a cinco quilômetros da Arena Fonte Nova.
A organização do evento com Bolsonaro chegou a anunciar que a concentração no Dique do Tororó, que fica em frente à Arena Fonte Nova, onde está previsto o evento com Lula. Na última terça-feira (28), no entanto, foi divulgada a mudança que ampliou a distância física dos políticos e de sua base aliada.
O presidente estará acompanhado do ex-ministro da Cidadania e pré-candidato ao governo da Bahia, João Roma (PL), além da pré-candidata ao Senado, Dra. Raissa Soares (PL).
Mil policiais trabalharão no evento
Mais de mil policiais farão a segurança do cortejo cívico em celebração à Independência do Brasil na Bahia. Policiais militares, civis, técnicos e bombeiros participarão da segurança.
A SSP não detalhou se haverá algum esquema especial para os pré-candidatos, mas diz que "pontos de atenção serão monitorados", como locais com eventos públicos agendados e regiões com grande concentração de pessoas.
O Sistema de Reconhecimento Facial ajudará os agentes na segurança. O dispositivo se somará às câmeras convencionais espalhadas pelo trajeto do Largo da Lapinha em direção à praça Dois de Julho, no Campo Grande, e 53 câmeras auxiliarão no monitoramento ao longo de todo dia de celebração.
Todas as imagens do circuito estarão interligadas aos Centros Integrados de Comunicações (Cicom) e de Comando e Controle (CICC).
Festejos começam no Recôncavo baiano
As celebrações da Independência da Bahia começaram na quinta-feira (30), com a saída do Fogo Simbólico da cidade de Cachoeira, no Recôncavo baiano. A chegada em Salvador, no Largo de Pirajá, aconteceu na sexta (1).
No sábado (2), às 6h, haverá a tradicional alvorada de queima de fogos no Largo da Lapinha, que marca a preparação do Cortejo Cívico. Na sequência, serão hasteadas as bandeiras e homenagens ao monumento do General Labatut.
Em seguida, a primeira parte do cortejo será iniciada em direção à região do Centro Histórico, com homenagens aos heróis da Independência pelo Convento da Soledade, Ordem Terceira do Carmo e Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos.
As figuras do Caboclo e da Cabocla, que representam os indígenas que lutaram contra a presença dos colonizadores portugueses na cidade, lideram o cortejo.
A partir das 14h, a segunda parte da caminhada segue em direção ao Campo Grande. Nesta etapa do percurso, a pira do Fogo Simbólico será acesa pelo campeão olímpico de boxe Hebert Conceição. O momento será acompanhado pelo hasteamento das bandeiras e homenagens no Monumento ao 2 de Julho.
Independência baiana
Na Bahia ocorreu uma espécie de independência paralela em relação ao movimento nacional. A luta começou antes, no dia 19 de fevereiro de 1822, e terminou depois da data comemorada nacionalmente, o 7 de setembro de 1822.
Os baianos só se tornaram independentes em 2 de julho de 1823, dez meses após o grito de independência de Dom Pedro I. Para isso, foram muitos confrontos sangrentos em diversas partes do estado, que na época era uma província.
Os poucos portugueses que ficaram no país após o 7 de setembro de 1822 se amontoaram na Bahia. Após quase um ano de luta, os baianos expulsaram os portugueses no dia 2 de julho de 1823, considerada uma data mais importante no estado nordestino.
g1
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