O governo federal anunciou, nesta segunda-feira (20), acordo de cooperação entre o Ministério da Educação e a Google. Entre as ferramentas que serão disponibilizadas está o MECPlace – Ecossistema de Inovação e Soluções Educacionais Digitais.
A plataforma, disponibilizada de forma gratuita às unidades federativas, será integrada, em ambiente aberto e colaborativo, no qual serão consolidadas soluções e iniciativas para apoio às redes educacionais. A gestão ficará a cargo da Subsecretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação do MEC.
"O acordo de cooperação com o Google tem como objetivo facilitar o acesso a ferramentas gratuitas para apoio acadêmico, por profissionais da educação e estudantes, de modo a contribuir para a melhoria significativa da qualidade do ensino e favorecer a aprendizagem dos alunos matriculados nas escolas", argumenta o governo.
Além do MECPlace, estão no acordo de cooperação as seguintes ações:
Google Workspace for Education Fundamentals – Pacote gratuito de ferramentas de fácil utilização, que oferece uma base flexível e segura para aprendizagem, colaboração e comunicação. A adesão pelas redes educacionais se dará mediante a assinatura de termo de adesão simplificado, de forma voluntária e não onerosa para a rede, seja municipal, estadual ou federal;
Seja Incrível na Internet – Programa de cidadania digital com trilhas de capacitação para educadores, planos de aulas e atividades;
Grasshopper – Aplicativo de programação para iniciantes, com ensino de pensamento computacional;
Google Cloud Capacita+ – Programa com treinamentos gratuitos, online, para formação de profissionais em tecnologias de nuvem.
O Ministério da Educação firmou ainda acordo com a Microsoft para disponibilização gratuita do Office 365 Educacional A1. Também estão em andamento eventuais parcerias com Adobe, Huawei, Oracle e AWS.
Evasão escolar
O governo lançou também a Política Nacional para Recuperação das Aprendizagens na Educação Básica. A ação tem como objetivos elevar a frequência escolar e reduzir os índices de evasão e de abandono escolar, desenvolver estratégias de ensino e aprendizagem, diminuir a distorção idade-série, promover a coordenação de ações e incentivar a formação para o uso pedagógico de conteúdos digitais.
A necessidade de trabalhar para ajudar a família, durante a pandemia de Covid-19, afastou da escola 39,1% dos estudantes brasileiros com idade entre 14 e 29 anos, segundo dados da Plataforma Juventude, Educação e Trabalho. Três em cada dez jovens ouvidos pela pesquisa disseram que não pensam em voltar a estudar.
A região Nordeste, que continha os maiores índices de abandono escolar, dessa vez ficou atrás da região Sudeste (130.148 contra 103.203), segundo dados do Painel de desigualdades educacionais no Brasil. Ainda assim, Norte e Nordeste do país concentram os estados mais afetados pela evasão escolar nessa faixa etária. O melhor resultado é do estado de São Paulo, com 21,7% de jovens de 19 anos sem concluir o ensino médio, enquanto a média brasileira é de 36,5%.
Jair Bolsonaro
No evento, o presidente Jair Bolsonaro disse que a maioria das escolas e universidades distribuídas pelo país fecharam durante a pandemia de Covid-19, com exceção da Academia Militar das Agulhas Negras, da Escola Naval e da Academia da Força Aérea. "Eu banquei a responsabilidade para não fechar."
"Se dependesse de mim, teríamos aula. Porque não tivemos notícia ao longo da pandemia de necessidade de UTI para criança acometida por Covid-19, mas fecharam. A decisão passou aí para governadores e prefeitos. Estamos agora na busca do tempo perdido", afirmou.
No entanto, o número de crianças e adolescentes com menos de 18 anos internados em UTIs (unidades de terapia intensiva) acometidos por Covid-19 aumentou 61% em São Paulo em dois meses, por exemplo. O número saltou de 106 crianças e adolescentes com menos de 18 anos, no dia 15 de novembro, para 171 pessoas com essa faixa etária internadas em UTIs, em janeiro deste ano.
Para o atual comandante do Palácio do Planalto, a educação nunca foi prioridade no país e criticou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Parece que interessa para alguns políticos que passaram por aqui, de uma coloração mais avermelhada, que a pessoa tem que terminar a escola, botar um diploma na parede e está tudo resolvido. Não é assim, longe disso", disse.
Na cerimônia, Bolsonaro contou que tinha dificuldades educacionais sobre língua portuguesa e eletricidade, além de ter feito cursinho na cidade de Eldorado Paulista (SP). "Eu ganhava meu dinheiro pescando, pegando maracujá ou, naquele tempo não era crime, cortando palmito, e pagava esse cursinho."
R7
Portal Santo André em Foco
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