Prestes a se reunir pela primeira vez com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), afirmou nesta quinta-feira (9) que já deixou para trás a aversão que tinha ao nome do americano e comparou a relação institucional dos dois a um casamento. "Você vai aceitar os meus defeitos, eu vou aceitar os seus, e vamos ser felizes", disse Bolsonaro, em Los Angeles, onde participa da Cúpula das Américas.
Em 2020, quando Biden disputou a Presidência dos EUA contra o então presidente Donald Trump, Bolsonaro declarou publicamente que torcia pela reeleição de Trump e reclamou de falas de Biden sobre o Brasil, como as críticas às políticas de preservação da floresta amazônica. Agora, Bolsonaro diz que essas intrigas políticas são coisas do passado.
"Não vim aqui tratar desse assunto. Já é um passado. Vocês sabem que eu tive um excelente relacionamento com o presidente Trump. Isso é passado. O presidente agora é Joe Biden, é com ele que eu converso, ele é o presidente, e não se discute mais esse assunto", afirmou.
Ainda na noite desta quinta-feira, Bolsonaro e Biden ficam frente a frente pela primeira vez. Segundo o chefe do Executivo brasileiro, "vai ter uma conversa reservada também, e cada um suscitará seus interesses nessas partes".
"Nós precisamos aprofundar nosso relacionamento. Eu sempre tive uma enorme consideração com o povo americano, temos valores em comum, como democracia, liberdade, e eu tenho certeza de que será um bom encontro com o presidente americano Biden. Tem muita coisa pra falar, vocês já sabem que o mundo sem o Brasil passa fome. É um grande parceiro comercial nosso", declarou.
A reunião dos dois presidentes deve durar cerca de 35 minutos, segundo a agenda oficial de Bolsonaro. Entre os assuntos que devem ser discutidos pelos líderes estão o combate à insegurança alimentar, a situação econômica, a energia renovável e o meio ambiente.
Como adiantou o Blog do Nolasco, os EUA querem que seja aprovada uma declaração conjunta dos países sobre o meio ambiente e buscam o apoio do Brasil para dar força ao compromisso. Fontes com acesso às negociações informaram que o documento deve ter o apoio brasileiro.
R7
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