O ex-presidente da República Michel Temer (MDB) quebrou o silêncio e reagiu aos ataques feitos pelo ex-presidente Lula (PT) sobre a reforma trabalhista. Contrariado com as declarações do petista, Temer disse que o objetivo de Lula é restabelecer o imposto sindical – tornado facultativo pela reforma aprovada em 2017.
Na quinta-feira (12), Lula havia dito que "a mentalidade de quem fez a reforma trabalhista e a reforma sindical é a mentalidade escravocrata, a mentalidade de quem acha que o sindicato não tem que ter força, que o sindicato não tem representatividade".
"A única intenção do ex-presidente Lula, certa e seguramente, é restabelecer o imposto sindical. Sendo assim, que o diga expressamente e não faça acusações a quem não retirou nenhum direito dos trabalhadores, direito esses que estão previstos no artigo 7º da Constituição Federal. E, de igual maneira, a nossa reforma trabalhista acrescentou direitos aos trabalhadores brasileiros como manifestado acima", disse Temer.
O ex-presidente Temer também fez uma defesa da reforma patrocinada pelo seu governo.
“O que a nossa reforma trabalhista fez aos trabalhadores brasileiros, além de estabelecer as férias parceladas, a proteção do trabalho intermitente (o chamado trabalho temporário), o banco de horas, o tele-trabalho (home-office), a diminuição da litigiosidade entre empregado e empregador (o que foi útil para a harmonia e o progresso do país), foi também eliminar aquela contribuição obrigatória de todo trabalhador para os sindicatos. E vocês sabem que existiam perto de 17 mil sindicatos no Brasil, enquanto nos Estados Unidos são 130, na Alemanha, oito, e na Argentina, 91”, afirmou.
Em seguida, Temer alfinetou:
“Os sindicatos são importantes, não há a menor dúvida, mas eles se tornam mais importantes, mais significativos, com a colaboração espontânea dos trabalhadores.”
g1
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