O vice-presidente Hamilton Mourão disse nesta quarta-feira (4) que reajuste de 5%que poderá ser concedido para todas as categorias do Executivo federal "não é o necessário, mas é o possível".
No fim do ano passado, o Congresso Nacional aprovou o Orçamento Federal com reserva de R$ 1,7 bilhão para reajuste a carreiras da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
A previsão provocou reações e outras categorias do serviço público passaram a cobrar aumento de salário. O presidente Jair Bolsonaro pediu "compreensão" aos demais servidores e o governo, então, segurou o reajuste das forças de segurança e passou a avaliar um aumento de 5% para todo o funcionalismo.
"O presidente tomou uma ideia inicial que ele recuou. Hoje qual é a decisão que não está efetivamente oficializada, vamos colocar, seria um aumento linear para todo mundo de 5%. É o necessário? Não, não é o necessário, mas é o possível", disse o vice-presidente.
Mourão deu a declaração durante entrevista ao chegar ao seu gabinete, em um dos anexos do Palácio do Planalto. O vice foi questionado sobre paralisação de servidores, insatisfeitos com as possibilidades de reajuste avaliadas pelo governo federal.
Na semana passada, Bolsonaro admitiu que o reajuste segue em impasse porque a proposta de 5% "desagrada a todo mundo".
No entanto, o presidente defendeu conceder um aumento aos servidores por causa da alta da inflação no país — o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial, acumula alta de 12,03% em 12 meses.
Mourão afirmou que não há dinheiro para conceder um reajuste maior, pois não houve aumento de “arrecadação consistente”.
"Não tem dinheiro né? A realidade, nós que somos funcionários públicos temos que entender que aumento de salário só deve ocorrer se houver aumento de arrecadação consistente. Quando é que há aumento de arrecadação consistente? Quando aumenta o PIB. Estamos saindo de dois anos difíceis", disse Mourão.
O vice pediu compreensão dos servidores públicos que, durante a pandemia, não perderam empregos, diferentemente do que ocorreu com muitos trabalhadores da iniciativa privada.
"As pessoas têm que entender, nós funcionários públicos, vamos dizer assim, temos que entender que nós não perdemos o emprego, muita gente perdeu o emprego. Tá bom, o salário não está adequado no momento por causa da inflação? Não está, mas vamos esperar a oportunidade para que isso possa ser equalizado", disse.
g1
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