Fora da agenda oficial, o presidente Jair Bolsonaro visitou nesta terça-feira (3) o Exército Brasileiro, em Brasília. Ele também se encontrou com o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Oliveira, que se reunirá mais tarde com o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luiz Fux, para discutir a crise entre os poderes Executivo e Judiciário.
Os compromissos foram confirmados por uma fonte do alto escalão do governo. Durante a manhã, o chefe do Executivo visitou o QG (Quartel-General) do Exército, onde ocorria a 342ª reunião do Alto-Comando. O evento abordou planejamento e coordenações de interesse da força. O presidente tem o hábito de se encontrar frequentemente com integrantes das Forças Armadas e do Ministério da Defesa.
Além do comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, estiveram presentes à reunião os generais Eugênio Eneias Camilo, Francisco Montenegro Júnior, Carlos Duarte Lemos, Ricardo Vendramin Nunes, Carlos José Penteado, Luiz Gonzaga Filho e Gustavo Henrique Dutra.
Do QG do Exército, Bolsonaro foi até o Ministério da Defesa. O presidente se reuniu com o ministro e com os comandantes das Forças Armadas. O assessor especial Braga Netto, ex-ministro da Defesa e cotado para ocupar a vaga de vice na chapa à reeleição, também estava presente. "Na ocasião, foram discutidos assuntos de interesse da Defesa Nacional", disse a pasta.
Reunião entre Defesa e STF
A reunião entre o general Paulo Sérgio Oliveira e o ministro Fux, para discutir a crise entre os poderes, está prevista para as 17h desta terça. A ida dele ao STF é uma tentativa de distensionar a escalada do conflito provocado pelo indulto presidencial dado ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ).
Antes da reunião com o ministro da Defesa, Fux vai se encontrar com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A ida do senador ao STF é mais um sinal de apoio do Congresso Nacional à Suprema Corte, alvo de críticas por parte de Bolsonaro. O encontro está previsto para as 15h.
No último domingo (1º), apesar das orientações de aliados para que não participasse de manifestações, Bolsonaro foi ao encontro de apoiadores em Brasília durante protestos que criticavam o Supremo, pediam o fechamento da Corte e intervenção militar. Essa não é a primeira manifestação antidemocrática de que o presidente participa.
R7
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