O ex-ministro da Saúde general Eduardo Pazuello foi transferido para a reserva remunerada do Exército. A medida, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (4). A transferência fica valendo desde 28 de fevereiro, e antecipa a aposentadoria do ex-ministro, que seria automática a partir de 31 de março, segundo as regras do instituição.
Na prática, com a aposentadoria, o ex-ministro fica autorizado a se filiar a um partido e se candidatar às eleições de outubro deste ano, o que é vedado a militares da ativa pelo Estatuto dos Militares e pelo Regulamento Disciplinar do Exército.
O ex-ministro foi pressionado a ir para a reserva no início do ano passado, ao participar de ato político com o presidente Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro. Ele já não era ministro, mas levantou o debate sobre militares da ativa em cargos de natureza civil na administração pública.
Apesar de existir previsão de punição a militares da ativa que participarem de atos políticos, o Alto Comando do Exército Brasileiro decidiu que a presença do general na manifestação pró-governo não configurou transgressão disciplinar, e o procedimento administrativo foi arquivado.
No dia do ato, o general chegou de máscara ao local, mas tirou para subir no trio e ser elogiado pelo ex-chefe. “Esse é o gordo do bem. É o gordo paraquedista. O nosso ministro conduziu com muita responsabilidade (a pasta)”, elogiou o presidente, abraçando o aliado. Pazuello fez coro e cumprimentou os apoiadores do mandatário.
O general comandou a pasta da Saúde entre maio de 2020 e março de 2021. Ele foi substituído pelo atual ministro, Marcelo Queiroga.
R7
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