Na corrida da sucessão para o comando da Procuradoria-Geral da República ( PGR ), o nome do subprocurador Augusto Aras ganhou força dentro do Palácio do Planalto nos últimos dias, mesmo correndo por fora da lista tríplice votada internamente pela categoria.
Também estão no páreo a atual procuradora-geral Raquel Dodge, que tenta a recondução, e o subprocurador Mário Bonsaglia, o mais votado na lista tríplice.
Augusto Aras foi levado na última sexta-feira a um encontro com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) no Palácio da Alvorada, sem constar na agenda oficial. Seu intermediário no contato com o presidente é o ex-deputado Alberto Fraga (DEM-DF), que era líder da bancada da bala na Câmara. Este foi o quarto encontro de Aras com Bolsonaro. O Planalto busca um procurador-geral alinhado com seus interesses e que não crie problemas para pautas do governo.
Segundo Fraga, Bolsonaro quer um PGR com perfil desenvolvimentista — no sentido de não impor objeções, especialmente as de caráter ambiental, a obras públicas, por exemplo — e que Aras demonstrou isso nas conversas que teve.
— É um cara mais moderado, pensa no desenvolvimento do país, sabe que algumas coisas precisam ser destravadas. No leilão da ferrovia Norte-Sul, o Aras ajudou muito o governo a destravar problemas. Acho que ele tem esse perfil — diz Fraga.
Um dos principais consultores do presidente para o assunto, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, afirmou ao GLOBO que até a noite de segunda-feira, quando conversou com Bolsonaro, a decisão sobre a PGR ainda não estava tomada, e deve ser anunciada na próxima semana. Oliveira recebeu os candidatos da lista tríplice e também os que correm por fora da lista. Bonsaglia já esteve também com o senador Flávio Bolsonaro (PSL).
O Globo
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