O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), afirmou que não foi o responsável pela operação da Polícia Federal de investigação que envolve o ex-ministro Ciro Gomes e o senador Cid Gomes. Em live na noite desta quinta-feira (16), Bolsonaro disse que ia mandar um recado para “aquela duplinha do Ceará que vive metendo o dedo na cara de todo mundo”.
“Eu não tenho como interferir na PF. Essa operação começou em 2017”, pontuou o presidente. Ele fez referência à investigação que apura um suposto pagamento de propina no processo de licitação para as obras da Arena Castelão, em Fortaleza.
Após a deflagração da operação, Ciro Gomes afirmou que “não resta mais dúvida de que Bolsonaro transformou o Brasil num estado policial que se oculta sob falsa capa de legalidade”. A delação premiada de sócios e executivos da Galvão Engenharia, empresa que venceu a licitação para a reforma da Arena Castelão, traz informações de empresas de fachada, alcunha falsa em planilha, notas fiscais frias, uso de advogados e indícios de pagamento de R$ 11 milhões.
Bolsonaro esteve na formatura do curso de formação de profissionais da Polícia Federal nesta manhã e relacionou os dois eventos: “Vou dizer para a dupla: tem mais 670 policiais federais na rua a partir do ano que vem. Isso porque dizem que eu não combato a corrupção. Pode haver corrupção no governo? Pode, nunca se sabe. Mas vamos sempre correr atrás para elucidar os fatos”.
Vacinação
O presidente abriu a live comentando a aprovação do uso de vacinas contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos. Ele levantou a questão de que a população tem que conhecer o nome dos responsáveis pela liberação e avaliou que os pais devem julgar se os filhos vão ou não receber o imunizante. “Tenho uma filha de 11 anos, vou estudar com minha esposa para saber qual decisão vamos tomar.”
Bolsonaro voltou a responsabilizar a política de isolamento social de 2020 pela crise econômica e disse que o socorro do governo federal aos estados e municípios foi algo que “nunca se viu na história”.
PGR
Também foi destaque da live o momento em que Bolsonaro leu mensagens vazadas de membros da operação Lava-Jato. “Tem uma passagem aqui do Vladimir [Aras], que busca o Dallagnol, pergunta se conhece o pastor da primeira-dama. O Vladimir diz: ‘Você consegue uma audiência minha com ele?’. Depois o Dallagnol volta e dá uma data para se encontrar com o pastor da primeira-dama. Qual o assunto que foi tratado? Indicação para a PGR. Ao invés de procurar a mim, foi procurar o pastor da minha esposa e ela falar para mim, mas não chegou para ela essa informação.”
R7
Portal Santo André em Foco
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