O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta segunda-feira (13), que "aqui é proibido máscara". A declaração, dada ao vivo nas redes sociais, ocorreu dentro do gabinete presidencial, no Palácio do Planalto, na companhia de diversos sanfoneiros e forrozeiros.
Minutos depois, o chefe do Executivo participou da cerimônia em comemoração do Dia Nacional do Forró, em que vibrou e dançou com músicos ao som de Eu Só Quero um Xodó, Asa Branca, É Proibido Cochilar, Minha Vida É Andar por Esse País, entre outras músicas.
O secretário especial de Cultura, Mario Frias, disse que a tônica do governo federal para a área é "trabalhar para o povo brasileiro". "Nossa postura é para dar oportunidade para que surjam artistas como Luiz Gonzaga e Dominguinhos e tantos outros que nunca precisaram de verbas públicas para encantar nossos corações", defendeu.
Frias comentou ainda a portaria editada por ele que proibiu a adoção do passaporte da vacina, documento que comprova a imunização contra a Covid-19, em projetos financiados pela Lei Rouanet. O tema polêmico foi parar no STF (Supremo Tribunal Federal) e o relator é o ministro Nunes Marques. Na época, o governo disse que iria punir quem desrespeitasse a medida.
"A nossa secretaria tem combatido esses abusos com portarias que proíbem a adoção do passaporte da vacina, garantindo assim o que está na lei, senhor presidente, a livre função dos meios culturais. E para quem me acusa de radical: a minha liberdade é inegociável. Eu sou radicalmente honesto, patriota, temente a Deus e Bolsonaro", complementou.
Para a presidente do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), Larissa Peixoto, o forró faz parte da identidade brasileira. “Representa nossa mestiçagem, uma mistura de raças que compõem uma única cor: a cor brasileira. O forró continuará vivo, para unir, encantar, apaziguar e alegrar os brasileiros”, disse.
Patrimônio do Brasil
O evento comemora também o título que o ritmo recebeu do Iphan de patrimônio imaterial do Brasil. A decisão foi tomada na última quinta-feira (9) durante reunião extraordinária do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural.
A solicitação havia sido apresentada pela Associação Balaio do Nordeste e pelo Fórum Forró de Raiz da Paraíba. A proposta teve apoio de 423 forrozeiros de todo o país, por meio de abaixo-assinado. A partir de agora, o país tem 52 bens registrados como patrimônio imaterial.
O evento contou com a participação da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e de ministros como Ciro Nogueira (Casa Civil), Fabio Faria (Comunicações), Gilson Machado (Turismo), Marcelo Queiroga (Saúde), Braga Netto (Defesa) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).
R7
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