A exoneração do ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato Deltan Dallagnol foi publicada na edição do Diário Oficial da União desta sexta-feira (5). O documento cita que o procurador pediu a saída do cargo. A exoneração passou a valer a partir de quarta-feira (3).
Dallagnol publicou um vídeo em uma rede social anunciando que deixaria o Ministério Público Federal (MPF) após 18 anos. Na publicação, o procurador afirmou que os "instrumentos de trabalho para alcançar a justiça vêm sendo enfraquecidos".
"Eu tenho várias ideias sobre como posso contribuir e eu serei capaz de avaliar, refletir e orar melhor sobre essas ideias depois de sair do Ministério Público", disse.
Na portaria publicada no Diário Oficial da União, o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, declarou que o cargo está vago.
Lava Jato
Dallagnol já tinha se afastado da coordenação da força-tarefa em setembro de 2020, após seis anos à frente da operação.
Na época, ele afirmou que precisaria dedicar mais tempo à filha, que tinha apresentado sinais de regressão no desenvolvimento.
Em fevereiro de 2021, a força-tarefa "deixou de existir", de acordo com o MPF, e os procuradores da força-tarefa passaram a integrar o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Processos disciplinares
Em setembro de 2020, Dallagnol foi punido pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) por postagens publicadas nas redes sociais contra a candidatura de Renan Calheiros (MDB) à presidência do Senado, em 2019.
Na oportunidade, o conselho entendeu que Deltan cometeu infração disciplinar por suposta tentativa de interferência na disputa.
A punição de censura, que atrasa a progressão de carreira dos procuradores, foi confirmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em março de 2021.
g1 PR
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