O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou nesta quarta-feira (3) a responsabilizar o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) pela alta dos preços dos combustíveis.
“Agora, o grande vilão, e é verdade, é o ICMS. Você tem que ver o que está mais pesando no preço do combustível”, declarou Bolsonaro em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República.
Bolsonaro afirmou que é do interesse dos governadores que o valor dos combustíveis esteja mais caro, pois o ICMS incide no valor final na bomba, e não no preço nas refinarias.
“Vocês sabem que o imposto tem que incidir sobre alguma coisa, não é isso? Geralmente incide em cima do produto na fábrica. O combustível, não. Os governadores decidiram incidir sobre o preço final da bomba. Então, quanto mais alto, melhor”, afirmou.
Pesquisa semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás e dos Biocombustíveis (ANP) realizada entre os dias 24 a 30 de outubro, mostrou que a gasolina agora custa em média R$ 6,562 por litro no Brasil.
A gasolina já é comercializada a mais de R$ 7 por litro em 14 estados e no Distrito Federal. O valor máximo encontrado pela ANP no país foi de R$ 7,899, no Rio Grande do Sul.
Bolsonaro também voltou a declarar que não pode interferir na política de preços da Petrobras. Ele ainda disse que a estatal tem “problemas”, como já tinha dito anteriormente em outras ocasiões.
“Petrobras: tem problemas? Tem. Ela se aparelhou com legislação para se autoproteger. Aumentou lá fora, é automático aqui dentro. Alguns dizem que eu posso interferir. Eu simplesmente vou responder civil e criminalmente”, afirmou o presidente.
R7
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