Integrantes do governo viram nas movimentações mais recentes do procurador-geral da República, Augusto Aras, uma sinalização de que ele não desistiu de ser "plano B" para a vaga em aberto no Supremo Tribunal Federal (STF).
O ministro Marco Aurélio Mello se aposentou no início de julho, e o presidente Jair Bolsonaro enviou ao Senado a indicação de André Mendonça para a vaga. Mas a análise está parada – em uma reação do Senado aos ataques institucionais do presidente Jair Bolsonaro.
O cenário tem causado desconforto entre interlocutores do presidente, que continua escalando a tensão entre os poderes. No fim de semana, Bolsonaro prometeu enviar ao Congresso pedidos de impeachment dos ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.
A resposta dos senadores deve vir, justamente, na tramitação do nome de Mendonça, ex-advogado-geral da União, para ocupar a 11ª cadeira do Supremo.
A indicação não foi sequer lida em plenário e encaminhada à Comissão de Constituição e Justiça, embora o próprio André Mendonça tenha causado uma boa impressão entre os senadores nas últimas semanas.
"Aras tem visitado senadores, por causa da recondução para o cargo na Procuradoria-Geral da República. Mas está com desenvoltura de candidato ao STF”, resumiu ao blog um senador que conversou recentemente com o atual PGR.
Mesmo antes de André Mendonça ser formalmente indicado para a vaga no Supremo, Aras já trabalhava discretamente, nos bastidores, para ser o escolhido de Bolsonaro para a cadeira.
Essa movimentação fez com que o próprio presidente da República desse sinal verde para Mendonça, então chefe da AGU, também sair em campanha por apoio no Senado.
G1
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