Horas após sofrer uma derrota na Câmara dos Deputados com a rejeição da adoção do voto impresso nas eleições, o presidente Jair Bolsonaro disse que a votação "foi dividida" e avaliou que muitos parlamentares que votaram contra ou se absteveram da decisão tiveram medo de possíveis retaliações do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
"Tirando os partidos de esquerda, muita gente votou preocupada e resolveram votar com o presidente do TSE. Os que se abstiveram, em uma votação online, também ficaram preocupados com retaliações", disse Bolsonaro em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.
"Quero agradecer a metade do parlamento que votou favorável ao voto impresso. Parte da outra metade, que votou contra, entendo que votou chantageada", completou. Para Bolsonaro, a votação de 218 deputados a favor do voto impresso mostra que parte dos parlamentares "não acredita 100% na lisura dos trabalhos do TSE". "Eles não acreditam que o resultado final das apurações seja confiável", avaliou.
"A partir desse princípio, sinalizados uma eleição em que não vai se confiar no resultado das apurações. Mesmo apresentando provas do próprio TSE", completou o presidente, que voltou a citar o caso da invasão hacker ao sistema do TSE, mas enfatizou não obter provas a respeito das acusações feitas sobre as eleições de 2018.
Sem citar nominalmente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Bolsonaro afirmou que a rejeição pelo voto impresso visa “eleger uma pessoa que há pouco tempo esteve no comando do Executivo”. “Foi uma desgraça o que aconteceu”, disse.
R7
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